Ex-piloto de corrida ganha medalha no ciclismo 15 anos após acidente em que teve pernas amputadas

0
1376

Há 15 anos Alex Zanardi viu sua carreira de piloto ir por água abaixo quando um acidente deixou suas pernas amputadas. Na época, em 15 de setembro de 2001, Zanardi era bicampeão de Fórmula Indy e foi atingido por um carro a 300km/h numa competição. Reanimado sete vezes, o campeão desafiou a ciência.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O tempo passou, o atleta percebeu que acidente nenhum acabaria com sua vida e se aventurou no esporte paralímpico. Na véspera do aniversário daquela batida, nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, Zanardi foi além e conquistou ouro na prova de contra-relógio (vencendo com 28min36s81s). Ele também era o favorito na prova de para-ciclismo de estrada e acabou conquistando uma medalha de prata.

Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Obcecado por velocidade, o italiano sofreu até se acostumar a nova realidade. Numa entrevista na Vila dos Atletas, ele contou um pouco das dificuldades após a amputação na altura dos joelhos “no começo, foi muito difícil. Eu dependia de alguém 24 horas por dia. No começo, até fazer xixi era um feito”, lembrou o atleta.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Ex-piloto de corrida ganha medalha no ciclismo 15 anos após acidente em que teve pernas amputadas 1
Foto: Alex Ferro/Rio 2016

A trajetória de Alex no esporte paralímpico começou em 2007, quando leu um artigo sobre o ex-piloto Clay Regazzoni e disputou a maratona de Nova York com uma handbike. Cheio de inspiração, Alex disputou a prova com apenas 1 mês de preparação e terminou em quarto lugar. Animado com a chance de vitória, ele não parou mais. Aos 49 anos, Zanardi chegou nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com três medalhas olímpicas e oito títulos mundiais.

Foto: motoringresearch.com
Foto: motoringresearch.com

Para as pistas do Rio, o piloto trouxe o conhecimento em mecânica e aerodinâmica, além de ter adaptado seu equipamento para as características de um dos percursos mais bonitos que ele irá encontrar: A orla carioca. “A prova será na orla do Rio, então não teremos muitas subidas e descidas, o que torna a aerodinâmica muito importante. Principalmente na prova de estrada, acho que tudo será decidido nos últimos metros”, explica.

Acompanhe nossa cobertura dos Jogos Paralímpicos aqui.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.