Quase oitenta anos depois de salvar três crianças em apuros, um ex-soldado veterano da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) pôde reencontrá-las em Bolonha, no norte da Itália.
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Após um abraço comovente, o americano Martin Adler e os irmãos Bruno, Mafalda e Giuliana Naldi recriaram uma foto em preto e branco que tiraram no distante ano de 1944.
Por todo esse tempo, Martin, hoje com 97 anos guardou a fotografia em sua casa como um verdadeiro tesouro da guerra.
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O reencontro histórico aconteceu no fim de agosto, quando o ex-soldado viajou mais de 8 mil km até a região de Emília-Romanha desejoso de matar a saudade das “crianças” – todas elas com mais de 80 anos atualmente.
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Tudo foi possível graças à filha de Martin, que trabalhou por meses para realizar o antigo sonho do pai. Com o auxílio de um jornalista italiano especializado na segunda grande guerra, foi possível encontrar o trio de irmãos.
Anos de guerra
Um ano antes do fim da guerra, em outubro de 1944, os países Aliados (EUA, Inglaterra, França e União Soviética) fizeram uma ofensiva na cidade de Cassano di Monterenzio, no sul de Bolonha.
Os soldados foram instruídos a fazer uma busca de porta em porta atrás de militares alemães. Todos andavam cautelosos até que viram um objeto que parecia uma caçamba coberta se mover.
Sem pensar duas vezes, eles se prepararam para atirar contra ela, pensando se tratar de algum alemão escondido. Foi aí que uma mulher desesperada surgiu e se colocou à frente deles.
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Aos prantos, ela gritava “bambini, bambini, bambini”, que significa crianças em italiano.
Da caçamba, surgiram 2 meninas e 1 menino assustados. Era, na verdade, um berço protegido com vime pela mãe quando viu a ação dos militares.
Heroína da história
Ao ver as crianças, Martin – à época com 20 anos, – baixou a arma imediatamente, orientando o colega a fazer o mesmo.
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Depois, conversou com as crianças, tranquilizando-as, e pediu para tirar uma foto com elas. O momento ficou imortalizado.
Na imagem, o soldado aparece sorridente ao lado dos três, vestidos impecavelmente. A mesma energia positiva foi registrada agora. “Olhem o meu sorriso”, disse ele, empolgado.
Para Martin, a “mãe destemida” é a verdadeira heroína da história. “Você consegue imaginar se jogando na frente de uma arma e gritando com soldados?“, disse ele em entrevista à Associated Press.
De tudo que vivenciou na guerra, aquele dia em que conheceu as crianças foi uma das poucas boas lembranças que o veterano guardou. Essa memória ajudou ele durante todas as crises e pesadelos causados pelos traumas passados.
Em entrevista à AP, Giuliana Naldi, a caçula dos irmãos, conta que se recorda do momento. Ela lembra de ter subido e visto que eles sorriam de alívio por não terem atirado, mas era tão pequena que não se deu conta, no dia, do perigo que correu.
Ainda assim, Giuliana até hoje guarda uma memória gostosa: os chocolates que recebeu dos soldados depois do susto.
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Fonte: Aventuras na História
Fotos: The Times / Reprodução
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