Mais de uma década estudando na rede pública de ensino, horas de estudos investidas em detrimento da farra e da procrastinação, pais dedicados a trabalhar para que não falte sustento em casa para o filho, à medida que o vestibular se aproxima, e o sonho de cursar Medicina, fica mais próximo.
Essa é a realidade de milhões de jovens brasileiros que passam anos estudando para uma prova concorridíssima que os qualificará (ou não) para uma vaga em Medicina em uma das universidades federais país afora. Renan Santos Vieira, de 19 anos, é um deles.
Renan é filho de um porteiro e de uma diarista e acaba de passar em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), vaga conquistada a partir do sistema de cotas exclusivo para alunos que estudaram no ensino público.
Com o auxílio de uma bolsa de estudos no cursinho pré-vestibular e o forte apoio da família, ele decidiu ir para Curitiba, mudando-se da sua cidade natal, Matinhos.
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Agora o rapaz de origem humilde aguarda o início das aulas, à medida em que aproveita a conquista de seu sonho de entrar na universidade.
Desistir jamais
Após realizar um vestibular frustrado e com muitas dificuldades pessoais, toda a família de Renan mudou-se para a capital paranaense em 2016, de modo que o caçula pudesse fazer um curso pré-vestibular.
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Em meio a todo um esforço e grande dedicação ao longo do ano, não conseguiu avançar à terceira fase da UFPR: a base de um ensino fundamental e médio fraco pesou mais do que esperava.
Lamentoso por não ter conseguido a tão sonhada vaga e sentindo-se “em débito” com seus pais, Renan decidiu entrar em outro curso, um plano B – Biomedicina, – usando a nota obtida no ENEM.
Após um semestre, retornou ao curso pré-vestibular na segunda metade de 2017, fazendo um semiextensivo, focado no sonho de estudar Medicina.
Caminho tortuoso
Uma vez mais fez o vestibular, e amargou a quarta colocação da lista de espera. Frustrado com o resultado e sem esperanças de ser chamado, o jovem recebeu uma ligação do Curso Positivo, que lhe ofereceu uma bolsa integral (com direito à almoço, para que pudesse passar o dia todo estudando) para cursar a modalidade para vestibulandos de Medicina da instituição – o PosiMedicina.
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“Minha mãe chorou tanto, parecia até que eu já tinha passado em Medicina. Foi um alívio para toda a família”, relembra Renan.
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No início de 2018, com absoluta dedicação pelos estudos, conquistou seu melhor resultado. “Estudei como nunca e alcancei meu melhor desempenho na UFPR”.
Aprovação
Em 11 de janeiro deste ano, em meio a uma lista concorridíssima de 62 candidatos por vaga, o nome de Reman aparecia entre os 83 aprovados no vestibular 2018/2019 de Medicina da Universidade Federal do Paraná.
“Dizem que para passar em Medicina tem que ter sorte. A minha sorte foi ter quem apostasse no meu potencial e me desse a chance de estudar muito para conquistar o meu objetivo”, comemorou o rapaz.
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Fonte: Massa News