Mulher encontra no filho com paralisia cerebral uma missão e se torna especialista em gestão de pessoas

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Mesmo com paralisia cerebral, Gerando frequentava as aulas com Thayná para não ficar sozinho em casa
Foto: arquivo pessoal

Thayná Silva Santos, 25 anos, encontrou o propósito da sua vida quando seu filho, Geraldo, 5, foi diagnosticado com paralisia cerebral. Nascia ali, junto com o garotinho, a missão de Thayná na terra, que ela descobriria anos depois.

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Nascida na cidade de Montes Claros (MG), ela cresceu em uma família humilde. Seu pai trabalhava como mecânico e sua mãe como doméstica. Um dia, Thayná conheceu em um salão de beleza um rapaz que, após alguns anos, se tornaria seu marido.

Wallisson Lopes Santos foi o responsável por ensiná-la sobre a vida, sobre cumplicidade e sobre o amor. Aos 19 anos, a garota tornou-se mãe do pequeno Geraldo César Lopes Santos, protagonista desta linda história.

Registro da família abraçada com o pequeno Geraldo, que tem paralisia cerebral
Wallisson, Geraldo e Thayná. Foto: arquivo pessoal

Propósito de vida

Como ela só tinha o ensino médio, seu maior desejo era passar em um vestibular, por isso, começou a estudar para as provas com o foco de entrar na faculdade. Mas, o caminho para iniciar este sonho foi um tanto turbulento.

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Era véspera do Enem quando Geraldo nasceu, sendo assim, Thayná não conseguiu fazer a prova. No ano seguinte, as sequelas do parto ainda estavam sendo investigadas e ela não tinha um diagnóstico concreto do estado de saúde do filho, então acabou perdendo mais uma prova.

Porém, com 1 ano e 3 meses de vida, a doença do bebê foi finalmente descoberta: o garotinho tinha paralisia cerebral. Imediatamente, eles iniciaram o processo de reabilitação. Com o tempo, tudo foi se ajeitando e Thayná decidiu tentar realizar novamente seu sonho.

pai, mãe e filho com paralisia cerebral
Foto: arquivo pessoal

Ela finalmente conseguiu prestar o Enem e adivinha só: ganhou uma bolsa para estudar Gestão Pública, curso escolhido por ela devido a necessidade do pequeno Geraldo e a dificuldade em entender como o serviço público funciona.

Nasce um filho, renasce um sonho

Era tudo muito calculado para que Thayná se adaptasse à nova rotina de estudos, já que Wallisson viajava bastante a trabalho e ela tinha que ‘se virar nos 30’ para não deixar seu bebê sozinho em casa. A única solução encontrada foi levar o filho às aulas.

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“Muitas vezes, os colegas de turma tomavam conta dele para eu terminar a prova. A tutora sempre teve um carinho muito grande com a gente e nos ajudava muito. A rotina de terapias era bastante exaustiva, eu me desdobrava para conciliar tudo.”, conta Thayná.

alunos e menino cadeira rodas sala de aula
Geraldo com uma amiga da faculdade e Thayná sorrindo ao fundo. Foto: arquivo pessoal

Com o passar do tempo, em determinados momentos, Thayná já podia contar com a ajuda de outras pessoas, como sua sogra, amigas, vizinha e até mesmo do esposo Wallisson, quando não estava viajando a trabalho.

Em uma jornada de muito esforço e dedicação, Thayná conseguiu concluir a graduação e recebeu uma oferta de trabalho na própria faculdade. Além disso, Geraldo acabou virando uma espécie de amuleto da turma. 🥰

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“Pegue impulso e salte com vontade. Não existe vitória sem luta!”

Frutos de muita dedicação e esforço

O horário do serviço era das 8h às 14h. Nesse período, Wallisson ficava com o filho e recebia ajuda de uma amiga do casal. Depois do trabalho, Thayná levava o menino direto para a reabilitação e voltava para casa para estudar.

Depois de formada, Thayná ainda decidiu iniciar uma pós-graduação em Gestão de Pessoas, concluída com sucesso. Hoje, com 25 anos, ela se dedica à reabilitação e aos cuidados do lar.

Recentemente, graças à sua experiência de trabalho na faculdade, um empresa a convidou para fazer parte da equipe de colaboradores. Sucesso!

alunos foto sala de aula com garoto em cadeira de rodas
Foto: arquivo pessoal

“O segredo é ser resiliente diante das adversidades. Não desistam da felicidade e não procurem por perfeição, existem diversas opções de adaptações na vida. E lembre-se: diagnóstico não é destino”, finaliza essa mãezona!

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