Registrar a relação da mulher com o mar é o propósito do Salty Eyes, o novo projeto fotográfico de Marianna Piccoli. Com uma linguagem artística e singular, a intenção é eternizar as sensações e a beleza dessa profunda conexão. Segundo a fotógrafa, o projeto também fortalece a união do surfe feminino ao mostrar seu lado mais genuíno: sua interação com o oceano e as areias da praia, o estilo de vida praiano, os olhos e pele salgados.
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Lançado oficialmente nesta quinta-feira (17/09), o Salty Eyes é um projeto de fotografia itinerante que promove sessões de fotos pelas praias mais paradisíacas do mundo para registrar tanto a ação do surf dentro e fora da água quanto o beach lifestyle dessas meninas. “As interessadas nessa experiência podem nos contratar por onde o Salty Eyes estiver passando ou participar de surftrips organizadas por nós”, diz Marianna. A autora une referências de sua trajetória como fotógrafa de surfe internacionalmente reconhecida à experimentação de um novo olhar, que se aproxima da fotografia de moda, mas se distancia da perspectiva comercial respeitando a naturalidade da praia.
Durante uma viagem à Costa Rica em abril deste ano, a ideia do projeto começou a tomar forma. A convite do Almar, grupo feminino de surfe do Rio de Janeiro, Marianna embarcou com dez meninas rumo a um dos destinos mais procurados pelos amantes das ondas. Com o olhar salgado de surfista, a fotógrafa acompanhou o time de meninas registrando suas vivências por dez dias. “O Salty Eyes já existia na minha cabeça desde o ano passado, mas o conceito casou perfeitamente com essa viagem.”, conta. Na volta ao Brasil, a ideia saiu do campo dos sonhos e se tornou realidade. Foi nas olas calientes do México que ela desembarcou em junho, onde morou por três meses e registrou lindas imagens pela segunda vez dentro dessa nova proposta. “O feedback das meninas está sendo incrível. Vejo que o resultado vai muito além do surf. Mais que fotos, o projeto proporciona principalmente durante as viagens, uma intensa experiência de vida, que mexe com a confiança, auto estima e com a forma de enxergar o mundo.”
Com dez países e quatro continentes carimbados no passaporte, Marianna Piccoli é hoje uma das fotógrafas de surfe mais respeitadas do Brasil. Ainda como hobby, começou a fotografar em 2004, durante um intercambio na Australia. Dois anos depois, de volta ao Brasil, trancou a faculdade de Naturologia para dar chance ao seu sonho, unir o talento recém-descoberto às duas coisas que mais gostava de fazer: surfar e viajar.
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Tomou coragem e adentrou o universo quase completamente masculino da fotografia de surfe, rodando o mundo enfrentando os olhares desconfiados para aquela menina de 18 anos e 1,60m. “Nesse início, principalmente em minhas primeiras viagens ao Havaí, o número de meninas era muito tímido, tanto viajando quanto fotografando. Senti o mesmo quando comecei a fotografar dentro d’água, outra atividade ainda pouca explorada pelas mulheres”, conta ela que foi uma das primeiras fotógrafas brasileiras a se arriscar nas fotos dentro dágua. Sem se abalar pelo preconceito, Marianna continuou viajando, muitas vezes sozinha e, aos poucos, ganhou respeito. “Demora mais pra gente ser reconhecida, mas segui evoluindo meu trabalho e as pessoas foram percebendo”, explica.
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Para ela, muita coisa mudou nesses últimos dez anos e a mulher conquistou seu espaço com muito estilo e atitude. Como uma das pioneiras, viu o crescimento do número de garotas em surftrips e enxergou um nicho. “O Salty Eyes é o melhor meio que encontrei para materializar aquela indescritível sensação da mulher de estar no mar, sentir sua força, beleza e poder de cura.”
Salty Eyes Project – Mexico 2015 from Marianna Piccoli on Vimeo.
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Fonte: Plano Feminino
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