Gari que andava 10 km todos os dias para ir à faculdade conclui curso de Direito: ‘Sonho realizado’

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gari andava dez km ir faculdade conclui curso direito

“Algo que sempre coloquei em mim. O não a gente sempre tem, mas vamos procurar o sim. O conhecimento abre sua mente, muda sua vida e abre portas”. Assim começa o relato de agradecimento de Ketlly Cristina da Silva, jovem de 25 anos que realizou o sonho do diploma no ensino superior.

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Ketlly, que trabalha como gari em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT), concluiu o curso de Direito em uma universidade particular, onde conseguiu uma bolsa.

A conquista do diploma veio com muita luta: a jovem recebe um salário mínimo por mês, o marido está desempregado e eles têm um filho de 9 meses para cuidar.

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Quase nunca sobrava dinheiro, inclusive para a passagem de ônibus. Como resultado, Ketlly usava uma bicicleta para ir à faculddade, que fica a mais de 5 km de distância de sua casa.

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“Eu trabalhava durante o dia e, à noite, ia para a faculdade. Como não tinha dinheiro para pagar o ônibus, ia de bicicleta mesmo. Quando voltava para casa, ainda ia estudar e fazer os trabalhos que os professores pediam”, disse.

Ketlly conta que antes de passar em um concurso do município para o cargo de gari, trabalhava como vigia de uma escola de manhã e, durante a tarde, ia para as ruas vender “cremosinho”.

“Quando eu comecei a faculdade, paga com financiamento estudantil, eu queria um trabalho que me desse estabilidade. Quando vi que ia ter concurso para gari, eu fiz a inscrição e, apesar de todo mundo falar que eu não passaria, consegui a classificação”, contou.

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Alguns meses atrás, sofreu um acidente de moto e, mesmo após passar por uma cirurgia, ficou com sequelas no ombro direito, o que causava muita dor na hora de varrer as ruas.

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Sem opções, ela pediu ao superior para ocupar outro cargo, até que ficasse curada. Felizmente, ele aceitou o pedido.

“Foi aí que ele me deixou como recepcionista. Isso me ajudou muito, porque aí não ficava tão cansada e com tanta dor e conseguia me dedicar mais aos estudos”.

Com o diploma em mãos, Ketlly disse que já fez sua inscrição para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e crê que vai conseguir mais essa vitória.

“Eu fiz a inscrição e tenho fé que vou conseguir. Depois disso, claro que não tenho condições ainda de abrir um escritório, mas vou procurar clientes e, assim que tiver dinheiro, vou construir meu escritório”, concluiu.

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Fonte: SNB
Fotos: Arquivo pessoal

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