O garoto Robertinho, menino autista que não foi convidado para a festa de formatura da própria turma na escola, ganhou o apoio de internautas nas redes sociais e recebeu vários convites para participar das festas de formatura de outras escolas.
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A família mora em Brasília (DF) e neste fim de semana, ele participou da formatura da turma de 9º ano da Escola Marista Taguatinga. Robertinho foi convidado pelos pais dos alunos depois da repercussão da história dele.
E no dia 9 de dezembro, ele já tem presença marcada na festinha da escola Cora Coralina, em Crichás (GO), colégio onde estudou durante seis anos. “É muito especial esse convite porque tem uma relação com a escola, é uma coisa muito linda porque eles participaram da vida do Roberto”, disse a mãe Ana Luiza.
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E os convites não param. No dia 19 ele vai receber uma homenagem do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
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“Nós temos recebido tanto apoio, são mães que me falam que passam pela mesma coisa que passamos, temos nos sentido abraçados pela comunidade autista de uma forma que eu nunca imaginei que poderia acontecer”, disse a mãe.
Robertinho soube pela internet que a festa da sua turma já tinha acontecido
Robertinho ficou sabendo da festa de formatura do 9º ano ao ver as postagens dos colegas nas redes sociais. O garoto ficou triste, teve o comportamento desregulado e se isolou de todos.
“Eu senti uma dor inexplicável, a dor que eu senti, a sensação de impotência, como um grão de areia no mar. Eu não consigo nem explicar o quanto me dói ver meu filho sofrendo. Isso me feriu muito”, disse a mãe, Ana.
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A repercussão aconteceu depois de uma postagem de Ana Luíza reclamando do acontecimento. Ela conta que não tinha muita perspectiva e fez só para chamar a atenção da escola, mas o post acabou desencadeando a onda de apoio a Robertinho.
“Eu espero que tudo isso que aconteceu sirva de combustível para as mães terem voz, mães de crianças que sofrem qualquer tipo de preconceito, qualquer tipo de exclusão, que essas mães tenham coragem de falar, que entendam que serão acolhidas sim e que uma dá voz para a outra”, disse.
A família é toda unida e apoia Robertinho em tudo sempre. Os pais são casados há 21 anos e têm outra filha, uma garota neurotípica. Robertinho nasceu pré-maturo, lutou por mais de um mês em coma na UTI para sobreviver.
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O garoto é muito amado, muito importante e muito especial para ser excluído da própria festa. É essa visão social reducionista que faz com que escolas reproduzam uma única forma de comportar-se e de estar no mundo. Se não queriam Robertinho na festa, não tem problema. Em vez de uma, agora ele tem várias comemorações.
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Ana Luiza ainda deixou um recado. “O que eu tenho a dizer é que elas falem, mesmo que sejam julgadas, e que as mães de crianças neurotípicas não julguem, que a única coisa que a gente precisa é de acolhimento e de respeito”, finalizou.
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