David viu os irmãos passarem fome em casa. Foi à uma padaria e ganhou alguns pães amanhecidos para alimentá-los. Apesar da escassez, exercita a solidariedade e divide o pouco que tem com seus amigos. Seus pais estão desempregados e a qualquer momento podem ser despejados.
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Aos 10 anos de idade, David precisa lidar com a dureza de uma vida sem fartura. Os pais estão desempregados e, sem dinheiro para pagar o aluguel do barracão onde vivem, serão despejados em breve. Se não bastasse, perdeu um dos três irmãos recentemente, que morreu vítima de uma doença.
A fome rodeia o garoto e sua família a todo tempo. Mas o garoto não desanimou e decidiu fazer algo para mudar isso. David Vasconcelos vive em Senador Canedo (GO), na Região Metropolitana de Goiânia, com os pais e os dois irmãos.
Ele é o filho mais velho e faz questão de ajudar como pode. Ao ver a situação de fome dos irmãos pequenos, encontrou uma maneira de amenizar a situação conseguindo alguns pães amanhecidos na padaria do bairro.
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Convidamos cinco mulheres que enfrentaram o câncer de mama para falar sobre suas experiências. Mas elas não sabiam que, durante a gravação do vídeo, seriam surpreendidas. Nesta linda homenagem, as filhas presenteiam suas mães com um sutiã especial (para quem viveu o câncer) acompanhado por uma prótese externa, uma espécie de enchimento que encaixa na lingerie. Assista o vídeo e prepare o lencinho:
“A mulher me dava todo duro, mas mesmo assim eu pegava e partia para meus irmãos e eu comer”, afirma.
Dono de uma voz calma e mansa, David exala uma sabedoria pouco comum para a idade, e exercita todos os dias, apesar das dificuldades, a solidariedade para com seus amigos.
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“O bolo de R$ 0,50 eu pago e na escola eu topo dividir com meus amigos. Amigo é para isso né, tem vezes que ele divide para mim e tem vez que eu divido com eles”, revela.
Apesar de assumir responsabilidades de gente grande, sua criança interior se revela a todo tempo, quando ele conta, meio tímido, seus desejos e sonhos futuros.
“Tem vez que eu pego lata de manteiga, pego canudo e faço a rodinha de tampa [para montar um carrinho de brinquedo]. Queria ter um carrinho de controle remoto, meu sonho era ter um desse”, afirma.
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Ajuda na escola
David estuda numa escola municipal próxima à sua casa. O diretor da instituição, Jesiel Marcos de Souza, conta que conversou com o menino recentemente e descobriu a complicada situação pela qual sua família vive. Decidiu ajudá-los comprando alguns alimentos.
“A clareza, a inteligência dele, a preocupação com a família. Isso é muito comovente. Nós percebemos que não é a condição financeira que faz o caráter, mas a essência. E a essência dele é linda, ele tem uma alma linda”, afirma.
O garoto passa na padaria algumas vezes na semana para buscar os pães amanhecidos. A dona do local, Josiane de Souza Santos, conta que ele é muito querido, e que entende sua situação. “Já passei dificuldade também antes de vir para cá. Não fome, mas dificuldade. Eu sei como que é isso”, relata.
Dificuldades
A família de David saiu do Pará, onde moravam, vindo para Senador Canedo em setembro do ano passado para conseguir tratamento para Emanoel, de 8 anos, que tinha microcefalia e sopro no coração. Infelizmente, a criança morreu na sexta-feira, 3 de maio.
“O que estava prejudicando mais era a cabeça. E ele também estava na UTI, não teve jeito”, diz Erlândia das Dores Cavalcante, mãe do garoto.
Eles viviam com o auxílio-doença do menino, que ajudava a pagar o aluguel do barracão, de R$ 400. No entanto, com o falecimento, o benefício será cortado. Para piorar, a dona do imóvel pediu para eles desocuparem a casa.
Mardônio Lima Vasconcelos, pai de David, fez um apelo em busca de ajuda. “Eu quero um trabalho, uma chance de aprender alguma profissão para sustentar minha família”, clama.
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Com informações do G1
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