Google leva tecnologia e eficiência para salas de aula no Brasil

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Com os avanços tecnológicos, eis que surgem duas novas vertentes para a educação: o multiletramento e a comunicação digital. De olho na inovação, a gigante Google criou o Google for Education, um pacote de ferramentas customizadas que visa levar tecnologia e eficiência para as salas de aula no Brasil.

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O Razões para Acreditar esteve na sede da empresa em São Paulo para conhecer mais sobre o projeto. Quem nos recebeu foi Alexandre Campos, diretor de Google for Education no Brasil, explicando que tudo começou a aproximadamente de 10 anos atrás, quando começaram a receber mensagens de professores pedindo ajuda com o uso do próprio buscador dentro da grade de ensino. Assim, os criadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, resolveram fazer uma retribuição para a academia através de seus próprios produtos.

“Primeiro a gente acredita que a informação aberta e acessível é importante em qualquer sociedade e país. Nossa missão é que todos possam ler, estudar e aprender sobre temas que interessem. Depois fomos falar com os professores da rede pública no Estados Unidos para entender por que a tecnologia não poderia ser usada para fins pedagógicos”, argumenta.

Como é impossível disputar a atenção do aluno com o celular, os educadores se aproximam dos gadgets para torná-los aliados e não inimigos, expandindo as formas de aprendizado e engajamento.

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Foi criado então o Chromebook, notebook com sistema operacional próprio, desenvolvido especialmente para ser utilizado em sala de aula. Havia a reclamação de que os computadores comuns eram caros, lentos, vulneráveis a vírus, que a bateria durava pouco…então buscamos soluções com fabricantes”. O dispositivo é compartilhável, leve, compacto, portátil, com camadas de segurança reforçadas e rápido, com inicialização em até 45 segundos, e custo médio de R$ 1.200,00. Em terras brasileiras ainda não se popularizou, sendo mais utilizado em escolas e secretarias de educação, mas atualmente é dispositivo educacional mais vendido (entre notebooks, Chromebooks, netbooks e tablets) para escolas de nível primário e secundário nos Estados Unidos, Suécia, Nova Zelândia e Canadá, segundo a empresa. Somado com outros países, chega a até 25 milhões de estudantes.

Outro desafio foi criar aplicativos menos complexos para os professores. “Uma coisa é essa geração que nasceu com a mamadeira e o celular. Outra coisa é minha geração ou a dos meus pais, que não é nativa. Lançamos então o app Google Classroom, que ajuda o professor a gerenciar a aprendizagem em sala de aula ou a distância. No seu próprio smartphone ele consegue espalhar as tarefas e fazer outras atividades. Dessa forma se inicia a quebra de paradigmas do uso de tecnologia”, constata Alexandre.

O pacote completo de dispositivos com foco em educação foi batizado de G Suite for Education, que engloba o Classroom junto à outros instrumentos de trabalho em nuvem do Google, como Drive, Agenda e Gmail, que possuem acesso gratuito. Ao todo, existem 80 milhões de usuários ao redor do planeta. Serviços de consultoria e assessoria são oferecidos pela empresa para auxiliar no processo de mudança cultural e tecnológica de quem mergulha na ideia.

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Atualmente, já existe adesão das ferramentas aqui mesmo, no Brasil. O Google for Education irá transformar até 500 escolas da rede pública da Bahia, impactando cerca de 400 mil alunos somente no Estado. Como os professores não poderiam ficar de fora da empreitada, eles também passam por uma formação específica no curso “Uso Pedagógico de Tecnologias Educacionais” da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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Um dos grandes destaques, nesse caso, foi o interesse da Secretaria de Educação do Estado, que deu um pontapé inicial para alavancar o nível educacional, investindo em torno de R$ 500 mil para equipar as 20 primeiras escolas do projeto piloto, em Salvador e Itabuna, iniciado em meados de dezembro do ano passado. O objetivo é seguir com a ampliação até o final de 2018, ampliando a inclusão digital escolar em até 40%.

Já em São Paulo, as escolas particulares têm maior adesão, mas o ensino público também começou a implementar os dispositivos educacionais do Google na grade curricular. Conversamos com Henrique Arakem, um dos coordenadores da E.E. Prefeito Nestor de Camargo, em Barueri, para entender o que mudou na rotina desde a implantação das ferramentas tecnológicas, em 2014. A coisa começou meio tímida, com o uso do e-mail institucional e uma formação semanal ministrada por uma equipe da For Education para todos os professores da escola. “Quando iniciou a implantação na escola, tivemos muita resistência por parte dos professores, mas o mais estranho foi notar que muitos alunos também demoraram a aderir a ideia de provas on-line, diário digital, entrega de trabalhos por e-mail”.

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Ele avalia que, embora a molecada seja mais equipada, não costumava fazer bom uso do que tem em mãos. “De acordo com estudos recentes, no dinamismo estudantil e profissional, terão destaques aqueles que souberem acessar às informações. Ou seja, que saibam utilizar a tecnologia de modo benéfico, que utilizem da facilidade de comunicação em seu cotidiano. Acredito que grande parte de nossos alunos não sabem como direcionar o uso da tecnologia que eles já possuem, ou seja, o celular. Devido à este fato, muitos educadores defendem a proibição ou a coibição dos uso da informatização nas escolas.”

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Hoje a realidade é outra: 100% dos educadores já fazem uso do G Suite diariamente, enquanto todos os estudantes utilizam ao menos uma vez por semana. Quando a comunidade escolar se inseriu nesta nova realidade, muitas coisas mudaram, a começar que grande parte de nossos professores comprou o seu próprio notebook e o vê como equipamento obrigatório para a sala de aula! Na gestão escolar, temos muitos indicadores de processo automatizados que favorecem em nossas intervenções e consequentemente no ganho da escola. Agora temos muita motivação com a tecnologia”, disse ao Razões.

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Foco em projetos inovadores

Levando o tema da inovação para as escolas, recentemente o Google lançou a iniciativa Inovar para Mim, uma plataforma para que líderes educacionais e estudantes compartilhem como utilizam a tecnologia para atuar em suas comunidades.

Entre as ações, um grupo de meninas do Colégio Estadual Félix Mendonça, de Itabuna (BA) criou um app para conectar a população a postos de saúde, diminuindo as filas de espera, facilitando o agendamento de consultas e espalhando informações sobre as unidades.

No Colégio Magno, em SP, um grupo voltou seu olhar para a despoluição do córrego Congonhas, localizado perto da escola. E no Paraná, alunos da Universidade Paranaense (Unipar) criaram um programa para estimular pessoas com deficiência a praticar atividades físicas.

Crédito: Divulgação

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