Uma década atrás, haviam apenas 680 gorilas-das-montanhas vivendo na selva.
Hoje, há mais de 1.000 graças aos esforços de conservação de grupos de defesa dos animais, uma recuperação histórica para as espécies de reprodução lenta, de acordo com a União Internacional de Cientistas Preocupados (IUCN).
Ainda assim, os gorilas ainda são considerados ” levemente ameaçados”, não estando fora da faixa de extinção (ainda), mas com uma melhora de status, antes considerado “criticamente ameaçado” no catálogo da entidade, status considerado muito próximo da extinção definitiva de uma espécie.
“Estamos mais próximos de alcançarmos populações saudáveis e estáveis de gorilas-das-montanhas, graças ao compromisso extraordinário de tantas pessoas dedicadas”, disse Bas Huijbregts, gerente de espécies africanas do World Wildlife Fund US, em um comunicado. “Dito isto, os gorilas-das-montanhas continuam em perigo e dependem de esforços de conservação constantes.”
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“A boa notícia é que esses esforços estão funcionando”, acrescentou ele. “O foco contínuo no envolvimento da comunidade, na prevenção da transmissão de doenças e no cumprimento da lei pode dar aos gorilas-das-montanhas uma chance maior de sobrevivência. Esses esforços são um exemplo brilhante para muitas outras espécies que precisam de uma ação global de conservação.”
Os gorilas-das-montanhas restantes do mundo vivem em áreas protegidas na República Democrática do Congo, Ruanda e Uganda.
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Eles geralmente viajam em grupos compostos de um macho, três fêmeas e quatro a cinco descendentes, e sobrevivem de frutas, cascas de árvores, polpas, brotos e afins, de acordo com a National Geographic.
Seu declínio começou no início do século 20, quando os gorilas foram catalogados como espécie. Sua descoberta científica inaugurou o que se tornou um ataque implacável de “caça descontrolada, guerra, doenças, destruição de seu habitat florestal e captura para o comércio ilegal de animais de estimação”, segundo o WWF .
Como muitos animais, a população de gorilas-das-montanhas despencou em uma relação inversa com a de seres humanos, que só aumentou com o passar do tempo.
Conforme os seres humanos desmatam as florestas, transformando-as em áreas agricultáveis, o habitat dos gorilas diminuem.
Balas perdidas e outros projéteis também ferem os animais em épocas de conflito, como guerras civis, e o aumento de incêndios florestais causados pelo homem prejudicam ainda mais a população primata. Por fim, os seres humanos também os expõem a novas doenças, que causaram graves prejuízos à população.
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Depois que a comunidade científica e local notaram que os gorilas estavam próximos de desaparecer para sempre, os esforços começaram a restaurar a população.
Santuários foram instalados para os gorilas andarem sem interferência humana, campanhas policiais reduziram a caça furtiva e veterinários foram enviados para cuidar dos animais em uma base contínua, de acordo com a Associated Press.
“No contexto das extinções de populações selvagens ao redor do mundo, este é um notável sucesso de conservação”, disse Tara Stoinski, presidente e cientista-chefe do Dian Fossey Gorilla Fund.
“Este é um farol de esperança pois conseguimos aumentar a população primata em um país recentemente devastado pela guerra e ainda muito pobre”, disse Stoinski, que também é membro do grupo de especialistas em primatas da IUCN, que recomendou a mudança de status.
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Outra causa da recuperação tem sido o ecoturismo sustentável, um modelo que pode ser replicado para outros animais e outras nações ao redor do mundo. Em vez de remover habitats naturais dos animais, os governos podem criar negócios turísticos prósperos que mantenham a integridade desses habitats.
“O ecoturismo dos primatas, feito corretamente, pode ser uma força realmente significativa para financiar a conservação”, disse Russ Mittermeier, diretor de conservação da Global Wildlife Conservation, à AP. “Isso dá aos governos e comunidades locais um incentivo econômico tangível para proteger esses habitats e espécies.”
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Fonte: Global Citizen