Angelo Gustavo Nobre, produtor cultural conhecido como Gugu, foi mais uma vítima de erros do sistema judicial brasileiro e principalmente do racismo. Ele perdeu um ano de sua vida preso injustamente por um roubo que não cometeu após usarem apenas uma foto como prova.
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Hoje, aos 29 anos de idade, desempregado, morando de aluguel com a mãe Elcy, 54 anos e irmã de 11 anos, que pararam suas vidas para provar a sua inocência, ele precisa de ajuda para se reconstruir após conquistar a liberdade.
Lançamos uma vaquinha na VOAA para ajudá-lo a se reerguer até que consiga uma nova chance no mercado de trabalho. Clique aqui para acessar o site da campanha e faça uma doação!
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Com o valor, ele poderá manter e sustentar a família por pelo menos dois anos.
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Prisão injusta
A prisão lhe tirou tudo e trouxe à família muitas dificuldades e dias de terror. Nem celular ele tem para trabalhar, conseguiu um emprestado de um amigo para conseguir falar com as pessoas que o procuravam.
Ele também tem uma filha de 7 anos, que antes dele ser preso, passava os dias com ele em guarda compartilhada.
Durante o período em que ficou preso, a filha se mudou para a França com a mãe. A despedida foi feita por uma chamada de vídeo e seu sonho é revê-la e abraçá-la bem forte!
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“Sinto muita saudade dela!”, disse. ?
Gugu foi detido em 02 de setembro de 2020, após ser identificado somente com base em uma foto no Facebook pela vítima de um roubo de carro a mão armada ocorrido em 2014 no Catete, bairro da zona sul carioca, por seis pessoas.
Mas no momento do crime, ele estava na missa de falecimento de um amigo e também se via em pós-operatório depois de passar por uma cirurgia no Hospital da Lagoa, na zona sul, dois meses antes do crime.
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Ele havia sido diagnosticado com pneumotórax espontânea, enfermidade que atinge os pulmões e essa já era a sua quarta cirurgia por conta da doença.
Vamos ajudá-lo a se reestruturar após toda essa injustiça que fez a sua vida e de seus familiares parar?! Clique aqui para fazer uma contribuição! Aceitamos doações via Pix, sem valor mínimo.
Graves erros na investigação
Parentes e advogados apontam uma série de erros na investigação. A única prova utilizada contra Gugu foi a foto que, no final, nem foi anexada no processo.
O mais grave é que ele nunca foi ouvido durante as investigações, mesmo não havendo em sua ficha antecedentes criminais, e nem testemunhas que confirmaram que no dia do crime, ele mal conseguia andar por conta da cirurgia. Inclusive, no reconhecimento pela vítima, só havia ele na sala!
A vítima do assalto afirmou à polícia que encontrou o perfil do rapaz em interações com um homem identificado como João, cujo documento de identidade foi encontrado no âmbito da investigação. Esse João, segundo Gugu, ficou preso por quatro meses e hoje está foragido.
A pessoa disse que, mesmo que não tenha conseguido enxergar bem o rosto do suspeito, garantia que era ele.
Segundo levantamento da Defensoria Publica do rio, 83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são jovens, pobres e negros.
Perguntado se pretende processar o Estado pela condenação indevida, ele diz que isso não faz parte de seus planos agora.
Personalidades se reúnem para pedir a liberdade de Gugu
Influenciadores e famosos se juntaram para pedir sua absolvição como Caetano Veloso, Jonathan Azevedo, Marcello Melo Jr, Rafael Zulu, Babu Santana, Jonathan Haagensen, Jeniffer Nascimento e Raphael Logan; os cantores Preta Gil, Djonga, L7nnon, Thiaguinho e a filósofa e escritora Djamila Ribeiro participaram do movimento. Site Mundo Negro e Mídia Ninja também.
Você pode acompanhar o Gugu no Instagram clicando aqui.
Acesse agora o site da vaquinha e nos ajude a reerguer a vida do Gugu!
Fotos: VOAA
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