O Tuco, como foi batizado pelo jornalista José Ursílio, é um sujeitinho bicudo e folgado, assim como o personagem Tuco de “A Grande Família”. O tucano visita semanalmente o amigo humano, entra pela casa, mexe nas panelas, rouba biscoito, derruba os ímãs da geladeira e entra no quarto de José para receber carinho na nuca.
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“Cada aparição do Tuco é uma alegria, sensação de meiguice, de carinho não meu para com ele, mas dele para comigo”, disse o jornalista.
Essa relação começou mais dois anos atrás, quando o jornalista investigativo, que tem 45 anos de carreira, sofreu mais de 100 processos e três tentativas de assassinato decidiu mudar de vida e viver em um rancho. “Nada sabia e nem conhecia o lugar, muito menos a existência da ave”, conta.
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Na primeira semana ele teve contato com o tucano e outros pássaros silvestres. “Um dia estava sentado e o tucano entrou na varanda da casa e pousou sobre a mesa que eu estava. Meu espanto, claro, quando explicaram que o tucano era da natureza mas já há alguns anos sobrevoava e entrava nas casas, não apenas desse mas de outros ranchos com até 10 quilômetros de distância pelo que se comentava”, disse.
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Foi amor ao primeiro voo. “Foi então que me encantei mais ainda. Como poderia um pássaro fazer tantas passagens por tantos lugares? Passei a dar frutas, as colocando na mesa. Aos poucos fui conversando com ele como se entendesse até que dias depois ele já estava se aproximando e passou a deixar eu colocar o dedo em sua cabeça. Meses se passaram e quase todo dia ele aparecia em vários horários porque eu deixava sempre as portas das varandas abertas e dentro de casa ouvia quando ele estava sobrevoando”, relembra.
O Tuquinho acabou fazendo da casa de José Ursílio o seu porto de parada na região. “Mais interessante ainda é que ele vinha e se sentia à vontade. A interação dele sempre acabava maior comigo e quando eu deixava ele mais tranquilo”, disse.
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Essa história é como a do pinguim que retorna todos os anos para visitar homem que o salvou no rio.
Mas José alerta, tem a forma certa de interagir e também os cuidados necessários. “O que aprendi com ele é que pode ser sapeca. Ele pode pegar algo no bico e levar embora, então nunca deixo chave de carro, por exemplo. O que fui percebendo no primeiro ano é que ele gostava de ter sua cabeça coçada mas não podia relar no resto do corpo”, disse.
Jornalista já criou e cria outros animais
José Ursílio sempre gostou de animais e do contato com a natureza. Ele já criou várias calopsitas, já teve bovinos, equinos, carneiros, galinhas, pavão, gato, uma maritaca, coruja e hoje tem um cachorrinho, o Zé.
“Sempre tive olhar e sentimento por animais de estimação. A natureza somos nós e tudo que tem vida que faz a vida. O pior da natureza é o ser humano, único que a destrói. Somos como o planeta, 70% por cento água, e veja o que o homem faz para destruir sua principal fonte de vida”, lamentou.
Mas essa sua relação com o Tuco, José, nos dá Razões para ainda Acreditar.
“Sou um sujeito que ainda encontra encanto num tucano, nos pés de ipês amarelos do quintal, na beleza imensurável das águas que vejo toda hora aqui nas margens do rio Paraná”, finalizou. E nós também continuamos nos encantando com histórias como essas.
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Fotos: Razões Para Acreditar
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