Com a ajuda de estudantes de jornalismo, André é finalmente libertado da prisão após passar injustamente 12 anos atrás das grades por assassinato.
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Os promotores encerraram o processo contra Gonzalez, que passou 12 anos atrás das grades por um assassinato que não cometeu em frente a uma boate em Miami; um assassinato que ele e seus advogados de defesa disseram, repetidas vezes, que André jamais cometeu. Gonzalez, que também era conhecido nos registros do tribunal pelo pseudônimo Tony Brown, saiu da prisão pouco antes do meio-dia.
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“O sol e a brisa me pareceram tão maravilhosos, me sinto incrivelmente feliz em poder andar sob uma calçada, um chão que não seja feito de concreto”, disse ao sair da prisão. “Tem sido um longo e duro tempo, de muita luta. É uma sensação maravilhosa agora.”
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André Gonzalez, 46 anos, disse que planeja se reunir com seus quatro filhos e sua noiva novamente. Ele não tem certeza do que o futuro lhe reserva. “Eu só estou deixando as coisas rolarem”, disse ele.
Sua liberdade veio graças aos estudantes de Jornalismo da Universidade de Northwestern, que entrevistaram um preso que admitiu que Gonzalez não fora o assassino. O preso, Arnold Clark, mais tarde testemunhou no tribunal que seu amigo, um DJ que atuava no clube naquela noite, era o verdadeiro assassino, não Gonzalez.
Em setembro, o juiz do condado local concordou com a apelação da defesa, colocando em dúvida a principal testemunha ocular do ocorrido. Ele ordenou que a condenação fosse revertida – e que Gonzalez recebesse um novo julgamento.
“[Gonzalez] apresentou provas credíveis e admissíveis, demonstrando que os crimes de que foi condenado podem muito bem ter sido cometidos por outro”, escreveu o juiz em sua ordem.
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No julgamento original de Gonzalez, os promotores de acusação afirmaram que ele foi quem atirou e matou Nigel Whatley durante um assalto e briga fora do Clube dos Jogadores, boate de Miami, em outubro de 2005. Uma vítima sobrevivente, Michael Morris, que foi ferido no assalto, identificou Gonzalez como o atacante.
Mas Morris disse à polícia que ele tinha apenas 60% de certeza de que o atacante era Gonzalez. Os advogados de defesa disseram que os detetives de homicídios da polícia de Miami manipularam as provas ao entrevistar a vítima sobrevivente. Durante o julgamento, a namorada de Gonzalez testemunhou que estava com ele no clube naquela noite, mas não participou do assassinato.
O júri, em 2010, acharam Gonzalez culpado de assassinato, além de ser julgado por outra tentativa de assassinato e assalto à mão armada. Ele foi condenado à prisão perpétua. Posteriormente, um juiz de Miami concedeu um pedido para um novo julgamento, mas a decisão foi posteriormente anulada por um tribunal de apelações. Apenas em 2018 a justiça foi finalmente feita, e devidamente corrigida.
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Quanto à Clark, ele disse que inicialmente se recusou a testemunhar no momento do crime por medo de represálias da boate, ou do verdadeiro assassino.
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Fonte: Miami Herald / Fotos: divulgação
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