Carlos Ulisses Gomes Figueira, 57 anos, passou alguns anos de sua vida em situação de rua, mas seu coração sempre lhe disse que um dia as coisas mudariam. E assim o foi! Estudioso, ele era conhecido por sempre ter um livro às mãos e hoje celebra o fato de ter arrumado um emprego e uma casa em plena pandemia.
Ele estava vivendo em um abrigo improvisado sob a marquise do prédio da Defensoria Pública do Estado, no Centro do Rio de Janeiro, mas conseguiu se mudar para uma quitinete na Lapa. E isso não é tudo! Carlos acaba de se mudar para Santo André, no ABC Paulista, onde conseguiu um emprego com carteira assinada.
Foi graças ao projeto “Amor de Rua” que ele conseguiu sair das ruas da cidade maravilhosa. A inciativa, além de arrumar moradia para pessoas em situação de vulnerabilidade, atua na reinserção delas no mercado de trabalho.
A vida na rua
Sobre a vida nas ruas, Carlos é enfático: “Não desejo para o pior inimigo”, disse em entrevista ao jornal Extra. No entanto, depois deste incrível episódio de superação, ele pretende mostrar às outras pessoas em situações parecidas, que elas também podem mudar.
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“Quero mostrar para eles (ex-companheiros de rua) que da mesma forma que Deus me abençoou, eles também podem ser abençoados”, afirma.
E agora chegou sua vez de ajudar! Carlos se juntou recentemente ao grupo de voluntários que o tirou das ruas e sempre que pode irá auxiliá-los.
Amor pelos livros
Carlos vivia com cerca de 20 pessoas na marquise do prédio da Defensoria Pública e chamava a atenção de quem passava por um motivo incrível: fizesse chuva ou sol, ele sempre tinha um livro nas mãos ou estava apoiado em uma mesinha de estudos improvisada com caixotes.
Até que um dia, os próprios funcionários do órgão público decidiram inscrevê-lo no projeto “Acelerando a escolaridade”.
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Em seguida, muitas mudanças começaram a acontecer em sua vida: ele conseguiu uma vaga no Colégio Pedro II e segue firme e forte no curso de administração de empresas, cujas aulas assiste com ajuda de um celular e de um tablet doado pela própria escola.
O emprego
E assim, quando ele já estava estudando e vivendo em sua quitinete, Carlos começou a enviar alguns currículos, até que um dia recebeu uma ligação confirmando o interesse de uma empresa localizada em Santo André. Foi no dia 1º de abril que ele começou a trabalhar como encarregado de caldeiraria industrial na empresa.
Segundo ele, ninguém sabe que ele veio das ruas, mas ele não tem vergonha de sua história. Muito pelo contrário, sabe que conseguiu a vaga pelos seus méritos e faz questão de contar a quem perguntar, detalhes de sua história de superação.
A crise
Carlos chegou a ter salários de até R$ 10 mil e trabalhou para grandes empresas, como Odebrecht, Camargo Correia e Queiróz Galvão. Técnico em mecânica com 26 anos de experiência nas áreas de petróleo e gás, ele também trabalhou em plataformas de petróleo, refinarias e petroleiros.
No entanto, tudo mudou quando estas empresas se viram em meio ao escândalo da Lava Jato. Não demorou muito para ele ficar desempregado, se afastar da família e ir morar na rua. Para sobreviver nas ruas, ele precisou vender latinhas, o que rendia no máximo R$ 40 por dia. Mas, com a pandemia, até isso ele perdeu.
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Felizmente, sua sorte começou a mudar e ele está começando a reescrever a história de sua vida. Repleta de frustrações, sim. Porém, uma vida feita de superações!
Fonte: Extra
Quer mais uma história inspiradora? Dá o play!
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