Respirar um bocado de ar puro e plantar a própria comida parecia muito distante da nossa realidade. Mas, pouco a pouco, os hábitos estão mudando para melhor e vamos mostrar como pequenas atitudes podem fazer grandes diferenças. É o caso de uma horta comunitária criada por um casal em Atibaia, interior de São Paulo, que transformou uma vizinhança inteira, desde o que chega à mesa até a qualidade de vida.
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Tudo começou quando o produtor e diretor de TV Fábio Nagel e sua esposa Jaqueline Joner chegaram em Atibaia para ficar durante um ano. Logo em frente da sua casa estava um canteiro abandonado, cercado por um muro cinza medonho, conforme as próprias palavras, ditas em entrevista ao site Ciclovivo. Foi então que resolveram arregaçar as mangas para construir algo juntos em prol de toda a comunidade.
Depois de limpar um pequeno pedaço do terreno, o casal gaúcho plantou mudas que já tinham em casa, e assim despertaram o olhar dos vizinhos. Curiosos, eles queriam saber o que estava acontecendo naquele espaço antes sem vida. “Nós não conhecíamos ninguém ainda e explicávamos que estávamos limpando pra fazer uma horta comunitária, e que todos poderiam participar e colher. Não teve um que não ficou com a pulga atrás da orelha, meio desconfiados, mas acharam interessante”, contou Fábio ao Ciclovivo.
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Essa desconfiança e resistência, de início, serviu para abrir portas para o novo. Mesmo com todos, unanimamente, dizendo que não ia dar certo, a dupla insistiu no projeto e criou cartazes explicativos sobre a horta comunitária, além de deixarem mudas para doação no local, com o intuito de incentivar o cultivo. Com essa simples ideia já mobilizaram uma vizinhança inteira. Por estarem logo em frente do canteiro, observaram que o mesmo já não passava mais despercebido pelas pessoas, que paravam, liam a explicação, tiravam foto e enfim levavam um pequeno brotinho de vida para suas casas.
Em seguida, viu a transformação se estabelecer de vez: os vizinhos começaram a levar sementes, mudas e ferramentas de plantio para cuidar da hortinha. Com a colaboração, inclusive em forma de doação monetária, o cultivo foi crescendo junto com o amor depositado naquele pedacinho de chão. Os moradores enfim abraçaram a ideia e um deles criou até um biodecompositor caseiro para criar adubo.
O paisagismo comestível em plena calçada, resultado de engajamento coletivo para revitalizar um espaço ocioso, deu uma cara nova para o bairro e incentivou hábitos até então desconhecidos pela população. “As pessoas passaram a se conversar mais, trocar informações, mudas, receitas. Teve vizinhos que se falaram pela primeira vez se encontrando na frente da horta! Pais trazem os filhos para mostrar as hortaliças crescendo no pé e as crianças saem impressionadas e felizonas”, disse Fábio.
Agora, além de ser o lar de beringelas, beterrabas, brócolis e manjericão, é também um ponto quase turístico da cidade, que atrai moradores de outros bairros. A empolgação com os resultados foram tamanhas, que atualmente o casal leva a ideia adiante com o Órbita da Horta, projeto que mistura arte e horta itinerante. Quem planta o bem, colhe também!
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Fotos: Reprodução/Órbita da Horta
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