Idosa comemora 118 anos após sobreviver à Gripe Espanhola e à Covid-19

0
723

Desde seu nascimento, no dia 11 de fevereiro de 1904, Lucile Randon assistiu à passagem de um século inteiro e todos os seus acontecimentos históricos. Mais do que isso, a idosa venceu as duas principais pandemias da era contemporânea: a gripe espanhola e o coronavírus.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Lucile hoje já não enxerga mais e precisa ser ajudada sempre que se movimenta na cadeira de rodas. No entanto, segue muito lúcida: acorda todos os dias às 7 horas da manhã para tomar café… Em seguida, vai até capela do asilo onde vive, em Toulon, no sul da França (onde nasceu), para manter a fé em dia.

Apesar de estar bem consciente do que acontece ao seu redor, ela reclama da falta de independência devido à idade. Aos 118 anos, comemorados na última sexta (11), ela disse desejar “partir logo”.

Idosa comemora 118 anos após sobreviver à Gripe Espanhola e à Covid-19

Lucile é considerada a mulher mais velha da Europa e a segunda do mundo, apenas 13 meses mais jovem que a japonesa Kane Tanaka, que nasceu em 2 de janeiro de 1903.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

No ano passado, a aposentada francesa foi diagnosticada com Covid-19, mas teve sintomas leves e rapidamente venceu o vírus. “Senti um pouco de cansaço. De qualquer forma, tive gripe espanhola“, retrucou.

Quando a pandemia de gripe espanhola ocorreu entre 1918 e 1920, Lucile, também chamada de “irmã André”, era uma jovem de 16 anos. Na época, a doença infectou um quarto da população mundial e vitimou em torno de 50 milhões de pessoas.

A fase mais feliz e agradável de sua vida foi quando ela tinha 40 anos, quando mudou-se para Paris para trabalhar como babá.

“Isso foi há 80 anos. Paris era tão bonita. Eu só tinha vivido em Gard, um povoado pequeno e feio, e agora estava em uma cidade radiante”, recordou-se.

Idosa comemora 118 anos após sobreviver à Gripe Espanhola e à Covid-19

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Pouco antes de entrar na terceira idade, Lucile se converteu ao catolicismo e se tornou freira na congregação Filhas da Caridade, onde trabalhou até o final dos anos 1970.

Sempre disposta fisicamente, aos 100 anos ela ainda ajudava a cuidar dos residentes mais jovens do asilo onde vive. Hoje, apesar da fraqueza física, mantém o humor afiado. “Já não suporto mais os convidados. Sou menos amável”, disse sobre as celebrações do seu aniversário. “Sempre me admiraram por minha sabedoria e inteligência, e agora zombam de mim porque sou recalcitrante.”

Apesar de tudo, ela nunca dispensa uma boa conversa. “Gosto muito quando me fazem companhia, a exemplo do David. Ele é encantador. Você o conhece?”, questionou.

Idosa comemora 118 anos após sobreviver à Gripe Espanhola e à Covid-19
Idosa segue lúcida, apesar da idade avançada.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Lucile se refere à David Tavella, que trabalha no asilo e atua como “assessor de imprensa” da anciã, cuidando dos pedidos de entrevistas, presentes e cartas endereçadas à ela.

Não é incomum que grandes personalidades lhe enviem mensagens. A última foi do presidente francês, Emmanuel Macron, que lhe desejou um ótimo 2022.

Fonte: Correio Braziliense
Fotos: Nicolas Tucat

Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.