Igreja evangélica nomeia trans como pastora e abre portas para comunidade LGBT
Os membros da Igreja da Comunidade Metropolitana, em São Paulo, concordam em uníssono com a ideia de que a fé não faz distinção de raça, etnia, gênero ou orientação sexual.
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A igreja evangélica decidiu abrir suas portas para a comunidade LGBTQI+, para que essas pessoas não só possam congregar, mas também celebrar o culto.
Conhecida como “ICM”, a instituição protestante é considerada de vertente progressista e humanista, conta Jaque Chanel, que é transexual e pastora da igreja. Também presente no Rio de Janeiro, a ICM oferece aulas de inglês para pessoas trans, relembre aqui.
“Ela é caracterizada por seu progressismo humanitário e aceitação irrestrita de fiéis da comunidade LGBTQI e seus amigos e parentes”, explica.
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Para boa parte dos cristãos (católicos, evangélicos, coptas ou ortodoxos), a homossexualidade é um pecado condenado na Bíblia. É comum que fiéis mencionem trechos do livro de Levítico, sendo famoso o versículo que diz: “Não te deitarás com outro homem como se fosse mulher no templo de Moloch” (Lv 18:22).
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Assim, muitos apontam que as relações entre pessoas do mesmo sexo são passíveis de condenação. Para combater essa premissa, Jaque cita outro trecho bíblico, Romanos 8:1: “Não há nenhuma condenação para os que estão em Jesus Cristo”.
“Não existe restrição para as trans porque não mais distanciamos os nossos corpos da nossa experiência com Deus. Inclusive trazemos o protagonismo para nossas vidas neste movimento de evangelização e sobretudo de amor ao próximo, fraternidade e compaixão”, afirma.
A pastora conta como a comunidade recebe os homossexuais: “Nossa sexualidade é um dom sagrado de Deus. Daí, recebemos nossos irmãos com o melhor acolhimento e inclusão para toda a comunidade LGBTQI”.
Fundada em 1969, a Igreja da Comunidade Metropolitana teve como coordenadora e articuladora Sylvia Rivera, uma proeminente ativista da libertação gay e dos direitos dos transgêneros da América Latina que lutou pelo surgimento da ICM em Los Angeles, nos Estados Unidos.
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Sylvia articulou a primeira parada do orgulho LGBT do mundo dentro da igreja. Além de nomear homossexuais para cargos internos, a ICM de São Paulo realiza união de casais homoafetivos.
Para todos aqueles que não aceitam homossexuais como pessoas que ‘são dignas de louvar a Deus’, a pastora Jaque Chanel dá o seguinte recado: “Para toda uma sociedade hipócrita, inclusive as religiões que se dizem inclusivas mas que não aceitam as trans, todo o amor de Jesus Cristo, que não tem limites. Você sempre pode se surpreender e descobrir um Deus muito mais inclusivo, um Jesus muito mais inclusivo e acolhedor”, conclui.
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Fonte: Estadão/Fotos: Jaque Chanel/Arquivo pessoal
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