O parto é o momento mais importante na vida de qualquer mulher, por isso, é essencial que ela se sinta segura e acolhida, não somente pelos familiares, mas sobretudo pela equipe de profissionais. Em Minas Gerais, foi uma intérprete de libras que também ofereceu todo o auxílio emocional que Kelly Cristina Vasconcelos Martins Moreira precisava. Surda, foi graças à intérprete Jocilane Moreira Santos Fideles que ela conseguiu se comunicar com a equipe médica.
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O parto aconteceu no dia 16 de fevereiro e entrou para a história do Hospital e Maternidade Vital Brazil, em Timóteo, Vale do Aço. Emocionante, o hospital confirmou que este foi o primeiro parto de uma gestante deficiente auditiva já realizado em suas dependências.
Jocilane, de 50 anos, é amiga de Kelly e acompanhou o nascimento do pequeno Nicolas do início ao fim. “Eu a acompanhei desde o preparo, no quarto, até a entrada na sala de parto. Fiquei ao lado dela o tempo todo. Ela me olhava e dava um sorriso, me vendo sentada ao lado da maca”, disse emocionada.
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Kelly teve gestação de risco e recebeu um cuidado especial do hospital. Segundo a obstetra Vanessa Yuri Nakaoka, responsável pelo parto, a mãe apresentava baixa produção de líquido amniótico, uma condição chamada oligohidrâmnio. Por causa disso, o desenvolvimento do feto poderia ser prejudicado; felizmente, Nicolas nasceu saudável pesando 3 quilos e meio e medindo 48 centímetros 🙏
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“Me senti muito tranquila e acolhida durante todo o tempo na maternidade. Foi tudo ótimo”, disse Kelly. Já o superintendente do Hospital e Maternidade Vital Brazil, Bruno Nunes Ribeiro, afirma ter ficado orgulhoso de sua equipe pelo atendimento humanizado exemplar que prestou à família.
É uma questão de acessibilidade
É difícil de imaginar todas as dificuldades que um deficiente auditivo precisa enfrentar em seu dia a dia. Mas elas não são poucas e, em momentos marcantes, como em um parto, isso fica ainda mais evidente. Jocilane explica que um tratamento especial é importantíssimo para toda a comunidade surda, que tem direito, por lei, à acessibilidade em todos os procedimentos hospitalares.
“É um direito de todos aqueles que possuem a deficiência auditiva, mas que nem sempre é assegurado. E deve ser estendido, não apenas aos partos, como também a todos os procedimentos hospitalares”, afirma.
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