Pela primeira vez na história da cidade de Francisco Beltrão, no Paraná, uma mãe grávida com deficiência auditiva foi acompanhada por uma intérprete durante o parto do filho, que traduziu tudo o que acontecia no momento da operação.
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Vanessa Dias da Silva e seu marido, Ozéias Oliver, são surdos. Casados há alguns anos, eles contam que ficaram assustados quando descobriram que teriam um filho.
No entanto, o bebê, Márcio, nasceu com pouco mais de 3 kg e escuta perfeitamente bem. “O bebê nasceu e é ouvinte. Ele estava chorando e eu consegui sentir! Nossa, essa é a vida do meu filho”, contou a mãe.
O casal passou a gestação sob muita apreensão. Nos exames de rotina, não entendiam muito bem o que o médico explicava.
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A mãe de Vanessa a acompanhava em todas as consultas, mas não conseguia passar as informações para os pais, uma vez que ela não compreende a língua de sinais. Para se ter uma ideia, Vanessa não sabia o básico: se faria parto normal ou cesárea, por exemplo.
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Assim, foram nove meses de preocupação. Um dia antes de dar à luz, ela pediu ajuda para Maria Daniela Mendes, que é intérprete da língua de sinais.
“No momento em que o bebezinho nasceu, o médico falou como fala para todas as mães: ‘nasceu em tal horário’, e eu pude passar essa informação para ela. Além da Vanessa não ouvir, tinha aquele pano que a isolava, então ela também não conseguia ver. Com essa simples informação, escorria lágrimas. Foi uma realização”, relatou a intérprete.
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No dia 5 de abril, uma sexta-feira, nascia Márcio. “A Dani chegou e durante a consulta recebi a informação sobre o meu filho na minha língua pela primeira vez. Me senti aliviada. Eu perguntava, ela me explicava”, contou a mãe por meio de sinais.
Apesar de contarem com essa acessibilidade durante o parto, o casal conta que esta é uma luta diária para aqueles que não escutam. “O surdo não tem acessibilidade nos bancos, em consultórios, no próprio trabalho, em mercados, em lugar nenhum”, disse Maria Daniela.
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Com informações do G1.
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