Pode parecer contraditório, mas a morte de Jesse Kozachen e seu golden retrivier, chamado Shurastey, não é o fim da estrada. O influenciador e o seu cão comoveram os brasileiros viajando pelo mundo a bordo de um Fusca, o Dodongo.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
A tristeza é por não vê-los chegando ao destino final, o Alaska, numa simbologia de que ganhar o mundo e realizar seus sonhos é mágico. Mas Jesse Koz e Shurastey não morreram no caminho, eles seguiram outro rumo, deixando uma mensagem muito forte: ir em busca dos sonhos pode ter consequências, mas a aventura de vivê-los é única.
Ver essa foto no Instagram
Leia Mais
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Os dois estavam numa expedição, passaram pelos Estados Unidos e Canadá e se aproximavam do Alaska. No meio da estrada tinha um carro parado e não foi possível parar o Dodongo.
O destino é mesmo irônico. O Fusquinha de 1978 com placas de Balneário Camboriú (SC) iria cruzar as Américas para sofrer um acidente já tão pertinho do destino final. Mas a estrada não chegou ao fim pois Koz e Shurastey seguem fazendo o que conseguiram desde o início: tocar as pessoas.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Depois do acidente, vários amigos se juntaram e fizeram uma vaquinha para arcar com os custos para trazer os corpos ao Brasil. A vaquinha bateu sua meta em menos de 24 horas. Além disso, todo mundo embarcou na história e refletiu um pouco sobre a vida. Ela passa rápido e somos a soma do que vivemos. Koz morreu jovem, mas viveu muito.
Além disso, ficou a lição da relação dele com o Shurastey. Um amigo, uma companhia, uma parceria, são sempre importantes na nossa vida. A história parece um enredo de filme americano, e qual brasileiro não gostaria de viver numa dessas estórias? Ganhar o mundo com seu fiel escudeiro, ser feliz deixando alegria por onde passa?
“Não há felicidade sem liberdade, e eu sempre presei muito por ser livre nesse projeto, eu sai de uma prisão que era a minha vida antiga onde os outros tomavam as decisões por mim pra poder ter a liberdade de escolher o que eu quisesse”, disse Jesse Koz uma semana atrás. Ele escolheu viver! Há seis anos, Jesse começou o projeto.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Depois do trágico acidente, o perfil no Instagram saltou de 400 mil seguidores para mais de um milhão, e segue crescendo. “Eu sei que essa galera toda se inspira de alguma forma em tudo que estou fazendo, mas essa nunca foi uma meta, nunca foi um objetivo acumular tanta gente aqui, isso apenas é a consequência de tudo que eu estou fazendo, de toda a verdade que eu compartilho aqui nesse perfil. E pra falar bem a verdade o objetivo principalmente aqui sempre foi ser LIVRE, e com isso ser FELIZ”, dizia há 5 dias.
Pouco tempo atrás ele escreveu uma mensagem para pessoas que ficaram preocupadas com os dois porque os viajantes ficaram isolados em função da neve, mas poderia ser uma mensagem para o dia de hoje. “Obrigado a todos que ficaram preocupados e de alguma maneira tentaram nos ajudar, recebi milhares de mensagens mas não vai dar pra ler tudo nem muito menos responder, então mais uma vez obrigado a todos”. ?
A viagem dos dois fazia parte de um projeto chamado “Shurastey or Shuraigow?”, numa alusão à música “Should I Stay or Should I Go”, da banda The Clash, que significa Devo ficar ou Devo ir? Eles foram. Não há volta nessa viagem, só consternação, reflexão e aprendizado.
A canção Coração Selvagem de Belchior fala sobre a pressa de viver. Jesse tinha pressa de viver.
Alguma curva do caminho […]
Completará o meu destino
Meu bem, meu bem, meu bem”

Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.