Na semana passada, 55 presos foram mortos em um massacre após uma rebelião tomar conta de diversas penitenciárias do sistema carcerário de Manaus. Dias depois, dezenas de famílias faziam plantão no Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer os corpos dos falecidos.
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Sensibilizado pela situação dos familiares que buscam respostas, Manoel Rodrigo, 25 anos, pegou seu garrafão de café, comprou pães e juntou três amigos para distribuir refeições na porta do Instituto. Atualmente estudante de teologia, Manoel é um ex-detento.
Em 2017, o rapaz passou dois meses preso no Ipat – Instituto Penal Antônio Trindade, presídio onde 25 detentos foram mortos na segunda-feira passada (27). Ele contou que “após receber a notícia do massacre e descobrir a situação das famílias, só queria levar solidariedade ao IML“.
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“Como eu sou ex-presidiário, poderia ser minha mãe hoje aqui tirando meu corpo do IML”, relatou.
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“No tempo em que eu fiquei preso, tive um real encontro com Deus. Depois disso, eu não tive mais a mesma vida. Pedi uma oportunidade para eu ser uma nova pessoa, um novo cidadão de bem. Eu senti ali Deus falando comigo de verdade. Desde esse dia eu falei que ia agarrar essa oportunidade, mudar minha história, procurar ser uma pessoa de bem”, explicou.
O amazonense respondeu por dois processos na Justiça: um por porte ilegal de arma de fogo e outro por assalto à mão armada na casa de uma juíza. Ele pagou sua pena e hoje cursa teologia em uma universidade privada de Manaus.
“Tô nessa caminhada procurando cada dia ser uma pessoa melhor. É questão de escolha: eu escolhi sair dessa vida e preencher um vazio que talvez no mundo do crime era só ‘balela’. A entrega dos cafés para as famílias é só um gesto meu de gratidão“, enfatizou.
Manoel chegou ao IML com três amigos, 5 litros de café com leite e 70 pães para distribuir aos familiares dos detentos assassinados no massacre. Ele conta que chegou a enviar mensagens convidando outros amigos para a ocasião, recebendo mensagens negativas.
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“Disseram que não iam levar café para bandido. Eu respondi que não iria levar café para bandido. Eu ia levar café para seres humanos. Preciso fazer o meu papel de amor ao próximo“, finalizou.
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Fonte: G1
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