Já faz seis meses que Felipe Antunes Ferros, 28 anos, sofreu um trágico acidente enquanto voltava de Guarulhos (SP) para São Paulo (SP), quando acabou batendo em uma carreta.
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Como consequência da batida, o rapaz ficou totalmente cego. “Conforme o B.O., a carreta estava parada no meio da faixa da direita, sem sinalização nenhuma, e meu carro foi parar debaixo dela. A ferragem foi toda no meu rosto, quebrando todos os ossos da minha face”, relatou ele, que não lembra de nada do acidente.
Felipe passou um mês e meio internado no Hospital das Clínicas de São Paulo, recebendo alta no dia 12 de julho – foram trinta dias na UTI, sendo 13 em coma induzido, sempre amarrado na cama.
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“Não lembro dos dias que passei no hospital, mas minha mãe e meu pai contam que eu me mexia muito e dava muito trabalho para as enfermeiras. Tinha dia que dava golpes de jiu-jitsu nas enfermeiras e no meu pai. Eu também ficava removendo todos os aparelhos que estavam em mim. Estava inconsciente o tempo todo”, disse o rapaz, que mora atualmente com o pai e o irmão em Sorocaba (SP).
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Desde que recebeu alta hospitalar e foi para casa, Felipe têm se adaptado à nova vida: hoje, ele é deficiente visual, perdeu a audição do ouvido direito e ficou com o braço direito disfuncional por conta de uma fratura exposta.
A mudança absolutamente brusca na rotina, que virou outra após aquele fatídico 29 de maio, fez o jovem desenvolver uma depressão profunda.
Além disso, devido à mudança de vida, desenvolveu uma depressão profunda.
“Fiquei cego aos 28 anos e assim comecei a enxergar a vida“, disse Felipe, tentando definir tudo que passou nos últimos meses.
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Dividindo experiências
Em meio à recuperação, enquanto tentava reerguer a autoestima, Felipe teve a ideia de criar um canal de vídeos para compartilhar um pouco da sua nova rotina e dividir experiências com outras pessoas que enfrentam situações como a dela.
Os vídeos gravados pelo “cego responsa”, como ele se define, mostram seu dia a dia como pessoa cega e o que ele vem aprendendo sobre a vida nesta nova condição – sempre com bom humor.
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“A ideia veio de uma prima minha que trabalha com isso. Quero motivar as pessoas que estão passando por fases difíceis e também me ajudar, trazendo comentários para mim de pessoas que já passaram por algo parecido e superaram”, explicou.
Em cada novo post, Felipe responde a perguntas, tira sarro de acontecimentos engraçados e até explica como foi a primeira vez dele em uma balada após ter se tornado uma pessoa com deficiência visual.
‘Reaprender a viver’
Hoje, o rapaz encara o acidente de trânsito como uma “segunda chance” e busca se cercar de pensamentos positivos nesta nova fase da vida.
“A cegueira é uma limitação complicada, mas tenho certeza que consigo fazer aquilo que me empenhar a fazer. É reaprender a viver. Reaprender a escovar os dentes, ir ao banheiro, comer, sair, curtir, viajar, mas tudo é possível para um cego. Meu maior prazer nisso tudo é continuar escrevendo minha história, só mudei a cor da caneta”, completou.
Assista como foi, na íntegra, o I Prêmio Razões Para Acreditar!
Fonte: Sinal 2 FM
Fotos: Arquivo pessoal
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