“Mãe, você sempre falou para eu estudar para ser o melhor, porque a vida aqui fora ‘é injusta’. Você estava mais do que certa”. Assim começa o relato do programador Diogo Alves da Silva, o “Diogo Pé”, morador do Rio de Janeiro (RJ).
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O rapaz de 24 anos não tem braços e nasceu com uma má formação nas pernas. Apesar disso, jamais desanimou do sonho de se tornar um habilidoso programador.
Seu currículo é vasto: desenvolve aplicações Web em linguagens como PHP, Java e C#. Possui conhecimentos em bancos de dados, cria aplicações para o sistema operacional Windows e é perito em práticas de Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD) e Desenvolvimento Orientado a Comportamento (BDD). Uau! ?
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Com sua experiência na área, Diogo fundou o site “Programadores Brasil” e trabalhou em instituições importantes, como o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (RJ), na área de desenvolvimento de sistemas computadorizados.
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Suas limitações físicas podem ser um fator restritivo em alguns aspectos de sua vida, mas não impedem que Diogo tenha uma carreira profissional brilhante e celebrada por amigos e colegas.
“Hoje eu não sou o melhor (que audácia e falta de humildade da minha parte se eu achasse), mas as noites viradas de estudo programando deram frutos”, disse o programador em um post viral compartilhado no LinkedIn.
“Ninguém disse que seria fácil. Está é a graça da vida”, completou ele.
Sua publicação recebeu quase 70 mil curtidas e mil comentários dos internautas, que exaltaram sua independência e conhecimento na área. Diogo é uma inspiração!
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“Caraca, seu post foi um tapa na minha cara e recado para parar de me preocupar com o que não vale a pena. Parabéns pela determinação!”, escreveu um usuário.
“Sucesso Diogo Pé, saiba que sua mensagem girou o Mundo, eu falo de Angola ?? África e já vejo em sim uma fonte de inspiração e superação ??????. Seu post nos dá força de seguirmos firmes e reclamar menos da vida e valorizar as pequenas coisas!”, disse outro.
“Sua mãe deve ter o maior orgulho Diogo (e deve ser uma baita mãezona igual a que tenho aqui). Parabéns pela sua determinação! Que você colha sempre muitos bons frutos de tudo que semeia”, completou uma internauta.
Confira o post na íntegra:
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“Me desculpa a vaga não é PCD”
Em um post compartilhado no Instagram, Diogo compartilhou uma lembrança que lhe fez recordar de uma situação bem inusitada.
“Esta foto, de Março de 2019, só corrobora aquilo que todos nós, infelizmente, já sabemos. Em muitas empresas, a Acessibilidade não é prática, é uma Ação de Marketing”, lamentou, mostrando um print em que é desencorajado a participar de um processo seletivo, em busca de uma oportunidade de trabalho.
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“Sabemos que “não PCDs” não participam de processos seletivos para vagas de PCDs. (Por motivos óbvios) Agora… PCDs não podem participar de processos seletivos “convencionais” ?!”, questionou.
“Por incrível que pareça, a resposta desta pergunta muitas vezes é “sim”. Para muitas destas pessoas, nós deficientes não temos a capacidade de produtividade que uma “pessoa normal” tem. Para elas, nós somos apenas números para preencher uma Lei de Cotas que é obrigada a ser cumprida”, lamentou Diogo.
A mãe do programador, que infelizmente não teve oportunidade nem de concluir o Ensino Fundamental, sempre lhe aconselhou com relação à essas questões.
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“Meu filho, o mundo é injusto. Estude… estude muito. Estude para ser o melhor, porque se você for apenas bom, não será o suficiente. Se você for apenas bom, as empresas vão escolher uma pessoa sem deficiência no seu lugar”.
Por isso mesmo, Diogo segue estudando, para sempre ser o melhor. “Eu, literalmente, viro noites estudando para ser o melhor. Felizmente, hoje estou empregado e a foto deste print me faz apenas lembrar de uma situação cruel e injusta. Esta foto poderia ser o motivo de eu estar passando por dificuldades financeiras”, disse.
Questionado se está triste ou sentindo-e incapaz, ele é sucinto: “Jamais! Estas situações apenas me dão mais forças para seguir em frente, de cabeça erguida, e para enfrentar os desafios da vida. Mostrando para as pessoas que nós deficientes somos capazes sim. A Acessibilidade não é uma Ação de Marketing”, completou.
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Fotos: Reprodução / LinkedIn: @diogoalvespe
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