Embora a sexualidade seja um tema cercado por mitos e tabus, é necessário abrir a conversa e com pessoas de todas as idades, incluindo os idosos.
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É importante que se diga, também, que sexualidade não se resume ao ato sexual, mas envolve outras demonstrações afetivas, como o toque e o beijo, importantes para uma melhor qualidade de vida.
Ana Paula Bomfim é gestora da ILPI Casa Verde, em São Paulo. As Instituições de Longa Permanência são domicílios coletivos que abrigam pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem apoio familiar.
Segundo Ana Paula, a maioria dos idosos chegam sozinhos e levam um tempo para entender que ali será a casa deles. Quando entendem, voltam a ter uma vida “normal”. “E o que é uma vida normal? É, inclusive, depois dos 60 anos, continuar com a sexualidade dele”, diz.
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Ana e outros funcionários começaram a perceber algumas trocas de olhares, “aquele joguinho que a gente conhece”.
Havia um clima de “paquera” no ar, mas Ana não sabia como iniciar a conversa não apenas com os idosos, mas, também, com os funcionários da ILIPI. Foi só depois de assistir a uma palestra no Instituto Velho Amigo que falava sobre o tema que ela tomou a iniciativa.
“Quando veio a palestra, eu falei, ‘é daí que eu vou começar a conversar, com o idoso e com o funcionário junto, pra gente estabelecer o que pode e o que não pode”, contou.
Diferentes reações
Surpreendentemente, os idosos reagiram positivamente à conversa, todos bem atentos ao assunto, além do normal, diz a gestora. Por outro lado, alguns funcionários não se sentiram confortáveis.
“Temos os dois extremos, você precisa tomar muito cuidado. Não só com o idoso, mas também com o funcionário. Porque é o tipo de assunto que até nas gerações mais novas é um tabu. Sendo um tabu, imagina pra idosos de 90 anos”, afirma Ana Paula.
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É um assunto complexo, mas acolher o idoso na sua integralidade também inclui falar sobre sexualidade na velhice, até mesmo para tomarem cuidados necessários com a saúde sexual nessa fase da vida, não é mesmo?
Futuramente, Ana Paula pensa em criar espaços mais reservados para os residentes apaixonados terem um momento a dois.
“Eu tenho ambientes sempre muito abertos, onde todos eles estão sempre juntos. E por que isso é importante? Pra existir uma socialização. Só que agora é o inverso, com alguns querendo estar mais próximos de uma única pessoa”, concluiu.
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O Instituto Velho Amigo, pontapé inicial dessa conversa, que tem como missão contribuir com a inclusão social de idosos em situação de vulnerabilidade, promovendo um envelhecimento saudável, é apoiado por NIVEA, através do projeto A Essência do Cuidar.
A parceria fortalece a rede de acolhimento, abordando uma série de atividades, promovendo atividades diretas de saúde física, mental, autocuidado, entre outras, além de temas como a própria sexualidade e formação de cuidadores.
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