A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, foi eleita pela revista “Time” uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Neste ano, ela é a única brasileira da lista, que foi divulgada nesta quarta-feira (15).
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“No mundo dos negócios ainda dominado por homens, a brasileira Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza, que começou como uma loja única em 1957, em um gigante do varejo avaliadas em dezenas de bilhões de dólares”, diz o prefácio do site.
A revista lembrou que quando a Covid-19 chegou ao Brasil, o Magazine Luiza buscou ajudar as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos.
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E, em um momento em que muitos minimizavam os riscos que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação. Foi ela que criou o movimento Unidos Pela Vacina, para organizar ações do setor privado no processo de imunização.
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“Titãs” da Time
Luiza Trajano foi encabeçada na categoria “Titãs”, ao lado de grandes profissionais e referências do mundo, como a ginasta americana Simone Biles, a autora Shonda Rimes, o jogador de futebol americano Tom Brady e o presidente-executivo da Apple, Tim Cook.
Nessa categoria, ela também foi lembrada por sua liderança no grupo “Mulheres do Brasil”, que reúne mais de 95 mil participantes no Brasil e no exterior, para lutar por políticas públicas e de negócios focadas em direitos iguais, trabalho, segurança, educação e saúde de qualidade. Que mulher! ?
“Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisseia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor”, complementou a revista Time.
Ações sociais
Entre os motivos para incluir Luiza na lista privilegiada, também podemos citar as iniciativas da empresária contra a violência doméstica, o programa de trainee exclusivo para pessoas negras organizado pela varejista e a plataforma digital para microempreendedores criada durante a pandemia.
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No ano passado, a empresária virou notícia nacional ao anunciar que o Magazine Luiza iria fazer um programa de treinamento voltado apenas para pessoas negras.
Agora, ela quer fazer um processo seletivo voltado apenas para pessoas com mais de 50 anos. “Dá uma coisa legal a experiência com a juventude, mas isso é uma coisa minha ainda.”
“Quebrar paradigmas era um costume nosso e a gente ia pagar o preço. Só a primeira porta que baixou o nível e foi o nível de inglês. Os outros critérios e dificuldades foram os mesmos”, disse, sobre o treinamento.
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Luiza Trajano formou-se na Faculdade de Direto de Franca, em 1972. Começou a trabalhar na empresa então administrada por sua tia, também chamada Luiza, aos 12 anos e, em 1991, assumiu o Magazine Luiza. Hoje ela é presidente do conselho de administração, cargo mais alto da companhia.
Conselho valioso
Em 2012, a empresária Carla Sarni, dona da Sorridents, rede de clínicas odontológicas, recebeu um conselho de Luiza Trajano que mudou para sempre sua vida – e seus negócios.
Na época, apesar de afundada em dívidas, a empreendedora soube que seu negócio havia sido reconhecido como no prêmio “Jovens Lideranças”. Na banca estava a fundadora da rede Magazine Luiza.
“Quando desci do palco, a Luiza veio me cumprimentar, deu um cartão de visitas e me convidou para almoçar. Fui ao Magazine Luiza no dia seguinte”, conta Sarni. “Durante o almoço, contei que estava vendendo para a concorrência. Ela me perguntou o porquê. Expliquei que não conseguia quitar meu endividamento, com uma taxa de juros tão alta e um prazo de pagamento tão curto.”
Apenas dois dias após o encontro, Trajano ajudou Sarni a renegociar com o banco, além de dar conselhos valiosos sobre gestão de negócios.
“A Luiza me deu o conselho de não me preocupar em ser a maior, e sim em ser a melhor. Além de outras dicas importantes, como olhar o fluxo de caixa diariamente. Que uma empresa não quebra por vender muito ou pouco, mas por conta de sua gestão financeira. Eu passei a olhar coisas para as quais não olhava.”
Após dois anos de reestruturação, a Sorridents recomeçou a contratar. Em 2017, o negócio quitou por completa sua dívida de R$ 23 milhões. Hoje, a rede de franquias possui mais de 240 clínicas, sendo 16 unidades próprias.
Confira o vídeo:
Fonte: Time
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