A professora Valdira das Neves, 45 anos, deu à luz os netos gêmeos Noah e Maria Flor na noite da última terça-feira (3), no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior paulista.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Ela descreve o sentimento de ser avó e mãe ao mesmo tempo como “único”. Valdira se ofereceu para ser barriga solidária para realizar o sonho do filho gay em ser pai.
“Dizem que vó é duas vezes mãe. Eu sou três, porque gerei, não tem explicação, é sentir mesmo na pele pra saber o quanto é bom, é maravilhoso tudo isso que estou vivendo com eles”, conta a avó, ainda em recuperação após o procedimento.
Ajude uma mãe que cuida de quatro filhos com paralisia cerebral
Leia Mais
Noah e Maria Flor nasceram às 20h50. O menino com 2,190 quilos e a menina, com 2,250 quilos.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Gêmeos nasceram prematuros, mas passam bem
De acordo com Valdira, os pequenos ainda requerem cuidados, pois foram considerados pela equipe médica como prematuros. Noah precisou ser levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica.
Felizmente ambos estão bem e respiram sem a ajuda de aparelhos. Após receberem alta, eles serão levados para a casa da família em Serrana (SP), preparada há meses para a chegada delas. A avó não esconde a ansiedade!
“Tudo isso é amor, muito amor envolvido, tanto do meu lado quando do lado do meu filho, da minha família toda”, diz.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Ajude uma mãe que cuida de quatro filhos com paralisia cerebral
Foram necessárias quatro tentativas de fertilização in vitro a partir de uma inseminação artificial com espermatozoides do filho de Valdira – Marcelo das Neves Junior – para que a gestação acontecesse, além da doação de óvulos de uma mulher anônima.
Para a professora, a vinda de Noah e Maria Flor “compensa todo um período de tentativas mal sucedidas e de frustrações”.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Leia também:
- Após 60 anos, fotos confiscadas de casal gay são finalmente reveladas
- Expulso de casa por ser gay, jovem fotógrafo consegue trabalhos com a ajuda das redes sociais
Múltiplas tentativas
Em 2015, Valdira perdeu uma menina durante a gestação e não tinha mais expectativas de voltar a engravidar devido à idade e os problemas na tireoide. No entanto, seu filho encontrou uma oportunidade para viver o sonho de ser pai e sugeriu que a mãe gerasse uma fosse sua “barriga solidária”, com óvulos doados por uma mulher mais jovem.
Com a barriga solidária, as chances de Valdira engravidar subiram de 3% para 50%.
De acordo com o ginecologista Anderson Melo, especialista em reprodução humana que acompanhou a gestação, o principal obstáculo aconteceu “durante o processo de fertilização, devido à dificuldade de fixação do embrião no útero”.
O endométrio (camada inferior do útero) era muito fino em Valdira. Com a ajuda de medicamentos, o problema foi contornado. Foram três tentativas sem sucesso, até que em 2019, a fecundação foi bem sucedida.
“Faria tudo de novo, faria pelo meu filho, por eles, porque é um sonho meu e dele, é um sonho meu em ter uma criança em casa, um sonho dele de ser pai, um sonho meu de ser vó e mãe ao mesmo tempo, é tudo assim, sentimento meio que juntou tudo, misturou tudo, então é muito bom”, afirma Valdira.
Fonte: G1/Fotos: Reprodução/EPTV
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.