Mãe junta R$ 140 catando latinhas e doa para vaquinha do filho que precisa de tratamento contra a esquizofrenia

Pensa no coração gigante dessa mãe! Dona Sandra cata recicláveis em Anápolis (GO), e com o suor de seu trabalho quis ajudar na campanha de seu filho João Paulo. ??

No mês passado, abrimos uma vaquinha na VOAA para permitir que Sandra consiga custear o tratamento de João, que tem esquizofrenia severa. Você pode fazer uma doação clicando aqui!

Com os recursos da campanha, também vamos terminar a construção de um banheiro para o rapaz, especialmente pensado para sua segurança – com o chuveiro e a fiação mais alta, – de modo que ele não consiga alcançá-los.

Sandra enviou um áudio emocionante pra gente anunciando que após encher 2 carroças com recicláveis, ela conseguiu arrecadar R$ 140 – valor que decidiu doar quase na totalidade para a vaquinha do filho.

“Eu tava com vergonha de falar com vocês”, disse, com muita humildade. “Mas nossa reciclagem deu R$ 140, né, que os meninos levaram 2 carroçadas pra vender. Então eu guardei R$ 20. Eu posso mandar minha menina depositar [o restante] na vaquinha que vocês estão fazendo por mim? É porque eu quero mandar esse dinheiro porque é do meu suor. Sabe, da reciclagem que nós catamos“.

Faltam condições, mas sobra amor!

Com muita fé, Sandra – e todos nós – acreditamos que vamos conseguir alcançar a meta da vaquinha para que o João possa ter uma vida com melhores condições.

Clique aqui para acessar o site da vaquinha e faça uma contribuição.

Relembre a história

“Até os 15 anos a gente não prendia, mas tinha que ficar o dia todo atrás, porque se machucava. Um dia ele chegou com giletes, caixas de fósforo e álcool. Disse chorando que era para morrer porque estava doente. Naquela hora percebi que ele estava entrando num mundo que para sair era só com a ajuda de Deus. Num mundo que todos são inimigos dele. Um mundo que ele não consegue encontrar a felicidade”, contou a mãe. ?

A realidade deles, tanto da Sandra, 50 anos, como de João Paulo, 24, é bem complicada, gente! ?

Sandra inclusive já entrou em depressão profunda alguns anos atrás, por ver a situação do seu filho. E sabe hoje, o que mais nos chamou a atenção falando com ela? Sua doçura, sua fé, o sorriso que não tira do rosto e a esperança em dias melhores.

A família vive em Anápolis (GO), numa casa cedida pela prefeitura. O quarto do rapaz não tem piso e mal tem reboco. Precisam de uma reforma urgente, para que ele tenha pelo menos, mais qualidade de vida.

Pelo SUS não há mais o que ser feito por João Paulo, não responde aos medicamentos e não dorme mesmo com calmantes fortes. A última saída, segundo os médicos, seria mais uma cirurgia em seu cérebro (a terceira, no caso), onde ele correria o risco de perder a visão.

“Não quero mais que mexam no meu menino, nada do que tentaram funcionou, quando internou vivia amarrado, emagreceu muito, ele sofre mais assim. Em casa, nos dias que ele está mais calmo consigo abraçar, conversar, dar carinho a ele”, disse a catadora.

Ele chegou até mesmo a fazer 12 sessões de eletroconvulsoterapia, que não adiantou nada também.

Entenda melhor essa história

Dona Sandra teve uma vida de muita luta sempre, começou a trabalhar muito cedo na roça com seus pais. Aos 14 anos fugiu de casa para não se casar com um homem de 37 anos. Morou muito tempo nas ruas por não ter para onde ir, sem estudo algum, começou a fazer bicos, trabalhar na roça de outras pessoas e pegar reciclagem para ter alguma renda.

Teve 7 filhos, desses, 3 teve que entregar para adoção, por não ter como cuidar. Através da ajuda de um padre, duas de suas filhas, uma de 3 e outra de 8 anos, foram adotadas por um casal italiano.

“O mais triste foi quando foram atrás de mim para me despedir delas. A mais nova pediu para eu levar ela para casa, mas eu não podia voltar atrás. Não podia levar ela e não ter nada para oferecer”, relembrou… ?

Foi somente quando conseguiu o benefício e ganhou a casa da prefeitura de sua cidade, que sua vida e a dos seus filhos começaram a melhorar um pouco.

Mesmo diante de tanta necessidade que a família enfrenta, Dona Sandra cuida de 3 crianças que estavam nas ruas, há mais de 5 anos.

“Eles não tinham amor, não tinham cuidados, não tinham alimentos, não podia deixar eles assim”, lamentou.

João Paulo passa a maior parte do dia trancado no quarto onde só tem uma cama que é parafusada no chão. Colchão ele precisa uns 2 por mês, pelo menos, pois destrói tudo ?.

Sua doença foi diagnosticada aos 13 anos, aos 15 ele começou a se tornar agressivo demais dentro de casa e até mesmo na rua, com pessoas desconhecidas. Tentou se matar algumas vezes.

“Já fui julgada várias vezes, polícia veio aqui em casa, somente depois de conhecerem e entenderem toda nossa história que viram que eu faço isso (prender ele) para seu próprio bem, para ele não se matar. Minha vida é dedicada a cuidar do meu menino”.
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O quarto onde ele fica não tem acabamento nenhum e por causa da sua agressividade com ele próprio também, se machuca mais dessa forma nas paredes ásperas. Além do que, ele não faz suas necessidades no banheiro, faz no chão do quarto mesmo ?. Dona Sandra tem que lavar todos os dias, mais de uma vez e não tendo piso, dificulta ainda mais a higiene do local.

É fundamental terminar a construção de um banheiro com o pé direito mais alto, para que João Paulo não consiga alcançar o chuveiro e nem a fiação. Para isso, contamos com sua contribuição!

Clique aqui para acessar o site da vaquinha. De pouquinho em pouquinho, vamos juntos bater a meta!

Quer ver mais uma história inspiradora? Dá o play!

Fotos: VOAA

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