Sueli Silva, de 54 anos, e Ricardo Araújo, de 38 – mãe e filho que foram separados um do outro na porta do Hospital Regional do Gama (HRG) em 1981, e se reencontraram após 38 anos, chegaram ao Aeroporto Internacional de Brasília nesta terça-feira (7). Eles vão passar o primeiro Dia das Mães juntos na capital federal.
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Há uma semana, Sueli fez uma viagem surpresa até João Pessoa, na Paraíba, onde pôde finalmente conhecer o filho, perdido dela desde o nascimento.
O desembarque dos dois foi aguardado por muitas pessoas que estavam por ali e que se aglomeraram para ver mãe e filho reunidos. Eles desceram pelo portão de desembarque abraçados e ficaram assim quase todo o tempo.
“Viemos colados, conversando muito e brincando um com o outro. Agora, não tenho data para voltar. Vou curtir minha mãe e ela vai me curtir”, disse Ricardo. Sueli também não tirou o sorriso do rosto. “Estou muito emocionada. O tempo parece estar pequeno para tanto assunto. Agora, vamos planejar um Dia das Mães especial”, disse a goiana.
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Ainda no aeroporto, Ricardo conheceu Júlia Christina Gomes, de 23 anos, segunda filha de Sueli. “Demos um abraço super apertado. E parece até que nos conhecíamos há muitos anos. Agora, ganhei um irmão mais velho para me dar juízo”, brincou a estudante de educação física.
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Outra familiar que não quis esperar o rapaz chegar em casa foi Suelma Gomes, 51, irmã de Sueli. Ela chorou muito ao ver o sobrinho após quase quatro décadas, e comentou que tem um filho com o mesmo nome. “Nós nunca imaginávamos que esse dia aconteceria, que encontraríamos o Ricardo. Hoje é um dia incrível”, comemorou a cozinheira. “Vou perguntar o que ele gosta de comer e preparar um almoço ótimo para a família toda”, acrescentou.
Relembre o caso
Sueli tinha 16 anos quando deu à luz Ricardo. À época era órfã de mãe e tinha sido abandonada pelo pai. Passou boa parte da infância e adolescência em um abrigo na Colônia Agrícola de Corumbá, em Goiás.
No abrigo, foi abusada sexualmente e teve uma relação bastante conflituosa com a dona do local, a “tia Marta”. Já falecida, ela é apontada pela Polícia Civil como a provável mandante do sequestro de Ricardo, em 1981.
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Ter ficado grávida tão nova foi um drama que marcou para sempre a vida de Sueli. Quando deu à luz na maternidade do Hospital Regional do Gama, um funcionário do abrigo pediu para segurar Ricardo, recém-nascido, e sumiu com ele.
Absolutamente traumatizada pelo sequestro, a mãe só conseguiu relatar o caso à polícia em 2013. A investigação do paradeiro da ‘criança’ terminaria seis anos depois, em 25 de abril, quando policiais da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) encontraram Ricardo em João Pessoa (PB).
Foi realizado um teste de DNA para confirmar o parentesco entre ele e Sueli – que rapidamente viajou até a capital paraibana pra ver o filho, um tanto quanto crescido, pela primeira vez em 38 anos.
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Fonte: Correio Braziliense
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