Quando tinha apenas 22 anos, a enfermeira Thais Marina Soares precisou fazer uma cirurgia de retirada do útero em meio ao tratamento contra o câncer do colo do útero.
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Na época, já casada e sonhando ter um filho, Thais ficou arrasada.
“Quando descobrimos o tumor no colo do útero não dava mais tempo de fazer nada, tive que tirar o útero, mas o médico deixou o ovário para eu não entrar em menopausa”, contou. O ano era 2009 e ela estava no último ano da faculdade.
O tratamento até a remissão do câncer durou quase um ano. Thais recebeu apoio incondicional da família e amigos, mas principalmente da mãe.
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Barriga solidária
“Dias difíceis, o tratamento foi muito forte. Mas nunca pensei que iria perder minha filha para o câncer. Passávamos até 20 dias no hospital depois da quimioterapia e eu ficava o tempo inteiro do lado dela”, relembrou a dona de casa Tereza Aparecida.
Anos mais tarde, a enfermeira de Uberlândia (MG) considerou a ideia de adotar uma criança. No entanto, a espera seria longa: dois anos.
“Fiquei desanimada por conta do tempo, mas não desisti. Ficamos no escuro por muitos anos, aguardando. Eu sempre fui resistente com essa história de fertilização”, contou.
Com o passar do tempo, a ideia foi amadurecendo. Mas quem poderia aceitar a tarefa?
“Não tinha como ser outra pessoa”, conta a enfermeira, ao falar sobre a mãe, que topou carregar no útero o próprio neto.
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“Não tive medo por ser gravidez de risco”
Dona Tereza, 58 anos, está grávida de oito meses. No próximo mês, nasce Rubens, o neto gerado pela barriga solidária da avó.
Se antes ela comia sanduíche e tomava café com frequência, hoje mantém uma dieta rígida e faz pilates. Em três meses, perdeu 12 kg. “Comecei o tratamento com vários profissionais […] Meu marido falou que a decisão que eu tomasse ele apoiaria. Não tive medo por ser gravidez de risco”, contou.
A fertilização in vitro foi um sucesso. Dona Tereza segue a vida normalmente, apesar dos enjoos esporádicos. “Não parei minha vida, vou à missa, ao supermercado, as pessoas ficam olhando, mas não perguntam nada. Se perguntar eu falo que não é meu.”
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Mãe e filha moram a 10 km de distância, mas fazem de tudo para se encontrarem todos os dias, mesmo que por pouco tempo.
Família mais unida do que nunca
“Às vezes minha mãe liga para contar que o Rubens está ouvindo música. Quando ele mexeu, eu não estava perto, mas minha mãe me contou como foi.”
O pai de Rubens, Leandro Junior de Carvalho, que trabalha como engenheiro civil, conta que quando está junto da sogra aproveita cada momento para sentir o filho.
“A minha sogra sempre me tratou como um filho e nossa relação é muito tranquila. Ficamos à vontade quando estamos juntos e eu sempre acaricio a barriga dela. Quando vou embora, me despeço de meu filho”, afirmou.
“Sou muito grata a Deus por me permitir viver o que estou vivendo e por ter tantas pessoas especiais ao meu lado”, diz Thais, que complementa “era pra ser assim”, após tanta luta contra o câncer e muita reflexão sobre a barriga solidária.
“Não poder engravidar não é sinônimo de não ter filhos. Existem muitas possibilidades, temos que ter fé e correr atrás, seja com barriga solidária, adoção ou tratamentos”, reforçou.
[Nota da Redação]
A cada bebê que traz ao mundo, o médico Calixto Hueb presenteia a mãe com uma arvorezinha para que a criança cresça com ela. É um primeiro presente à família do recém-nascido e também uma contribuição valiosa do médico para a preservação do meio ambiente. Vem conhecer mais essa história, dá play no vídeo abaixo:
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Fonte: G1
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