Após meses de luta contra ressecamento, mãe consegue amamentar filhas e agradece: ‘É um privilégio’

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mãe sonho amamentação filhas gêmeas recém-nascidas

Para a atriz e cantora Marcella Fogaça, mãe das pequenas Sophia e Pietra, de 4 meses, não há nada mais ‘divinamente humano’ do que amamentar.

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Em pleno “Agosto Dourado”, mês que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, em que a cor se refere ao padrão ouro de qualidade do leite materno, Marcella compartilhou um lindo relato sobre maternidade e o privilégio de poder amamentar os filhos.

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“Amamentar é uma conexão inexplicável que me emociona até hoje. E me emociona principalmente porque, pra mim, cada mamada é uma vitória. Amamentar pode ser muito natural pra algumas mulheres, mas pra muitas que eu converso e me incluo nessa, pode ser difícil, ou exaustivo, uma doação física e emocional extrema“, explicou a atriz, que mora no Rio de Janeiro (RJ).

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Marcella só pôde amamentar as filhas por 15 dias depois que elas nasceram. “Até então eu morava no lactário da UTI, extraindo leite pra elas mamarem na mamadeira, rezando pro meu leite não secar, pra que eu pudesse amamentá-las nem se fosse uma única vez”, relembrou.

“A minha gestação foi raríssima, pois se tratava de uma gemelaridade mono-mono, onde os bebês compartilham a mesma placenta e também o mesmo saco amniótico. É cerca de 1% dos casos de gêmeos univitelinos. Desde o início portanto, sabíamos que teríamos que interromper a gravidez com 32 semanas, pois é protocolo pra esses casos”, explicou Marcella em entrevista ao Razões.

 

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Sophia e Pietra nasceram saudáveis, mas pela prematuridade tiveram que ficar na UTI Neonatal pra ganharem peso.

Nos primeiros dias, elas se alimentaram por sonda e apenas depois de ganharem um peso, começaram a ser amamentadas. Ao todo, foram 27 dias na UTI. “Eu não podia dormir lá, então amamentava de dia e tirava todo leite que podia no lactário pra deixar pra elas mamarem na mamadeira”, disse a mãe.

Foi uma luta, porque com todo o estresse, além das meninas estarem na UTI, mesmo sendo apenas pra ganhar peso, ficar longe das filhas era desesperador. “Além da preocupação com o Covid, ficávamos de máscara o tempo todo. Só fui beijá-las em casa. Mas mantive a fé e a determinação e graças a Deus, meu leite não secou e eu consegui seguir pra casa amamentando, mesmo tendo ainda que complementar, porque elas ainda precisavam seguir ganhando peso”.

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Com muito esforço, a amamentação progrediu. De pouco em pouco, as metas estabelecidas por Marcella e sua equipe médica foram sendo batidas.

“Agora estamos indo pro quinto mês de amamentação! ?? Sim, é incrível! Não, não é mágico. É suor, é dedicação, é uma briga contra a mamadeira, porque como elas precisavam ganhar peso, a mamadeira sempre esteve presente”, comemorou a mãe.

“Eu sou extremamente grata à toda equipe médica que salvou a vida das minhas filhas e fez um trabalho primoroso! Mas em relação à amamentação, tenho que agradecer principalmente às enfermeiras e técnicas de enfermagem da maternidade que me ajudavam a segurar as duas no peito, me ensinavam a pegar corretamente, tentavam me fazer ficar confortável naquela cadeira dura, naquele ambiente frio”, disse Marcella.

A atriz também agradeceu às mulheres responsáveis pelo lactário, que foram essenciais para lhe dar força e garra para prosseguir. “Mesmo quando meus seios estavam já roxos e doloridos de tanto usar a bomba industrial. E claro, agradecer minha consultora de amamentação que me ajudou muito! Tanto em orientações como com os cuidados com laser que ajuda muito na sensibilidade dos mamilos”.

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Nesse meio-tempo, ela também tentou usar sonda e colher dosadora, mas as meninas não se adaptaram.

Marcella se diz totalmente “pró-aleitamento materno”, mas sente que falta apoio da sociedade com relação à maternidade e seus desafios.

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“Também acho que falta preparação prévia, porque na hora que tá acontecendo a dificuldade e você tá afogada em hormônios é muito difícil não desistir. E justamente porque falta tudo isso é que é preciso acolhimento”, disse.

Para ela, cada mãe sabe de si e de sua história e cabe às mães que conseguiram amamentar, espalhar informação com empatia.

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“Dói muito quando você acha que não vai conseguir amamentar seu filho. Da minha história, só eu sei, mas acho que compartilhando um pouco com vocês, a gente pode visualizar melhor que nem tudo é preto no branco e que toda mãe merece ser ouvida e acolhida, porque com certeza está tentando fazer o melhor pela sua criança”.

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Como sociedade, podemos fazer muito mais se compartilharmos nossas histórias e principalmente soluções. “E não fantasiadas de ‘conselhos nunca pedidos’, mas de solidariedade genuína de mãe pra mãe. Estamos todas tentando fazer nosso melhor“, completou a mamãe de Sophia e Pietra.

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Por fim, questionada sobre qual conselho daria para mães que estão em dúvida entre se esforçar para manter a amamentação do filho a longo prazo e aquelas mães que desejam ‘desmamar’ suas crianças ainda delas completarem 1 ano, Marcella pontuou:

“Eu acho que a amamentação não pode ser apenas responsabilidade da mãe. Essa carga depositada exclusivamente em nós é injusta. A amamentação deve ser uma responsabilidade social.


Quantas mulheres tem que voltar a trabalhar depois de apenas 4 meses, quantas não tem o apoio do marido, ou de ninguém e tem que, além de amamentar, arrumar a casa e cuidar de outros filhos?

Amamentação não deve ser romantizada, porque na maioria dos casos que eu conheço, não é algo que flui tão perfeitamente assim. Ela deve ser esclarecida, apoiada tanto em casa, como na rua e no trabalho, ter as informações divulgadas extensamente, não só sobre os benefícios, mas sobre as dificuldades que podem surgir e como prosseguir caso elas apareçam.

Eu jamais vou julgar a decisão de outra mãe, apenas posso dizer que, daqui onde estou, tentando ao máximo ter leite suficiente pras minhas duas filhas, vencendo a cada mamada a mamadeira ( pq sim, bicos artificiais são vilões, mas eu não tive opção de não usar na UTI e depois não consegui usar outro método de complementação porque elas não aceitaram), enfim, eu jamais desmamaria minhas filhas propositalmente antes de 1 ano.

Sei que parece muito tempo, mas se você pensa daqui a 20 anos, olhando pra trás, esse 1 ano não terá sido nada e terá trazido muitos benefícios pra sua criança ( lembrando que o recomendado é amamentar até 2 anos no mínimo)”.

Você pode seguir a Marcella no Instagram clicando aqui.

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Fotos: Reprodução / Instagram: @marcellafogaca

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