Médica descobre erro em exame, evita retirada de intestino e muda vida de paciente
Uma história com enredo de novela, mas que aconteceu na vida real e que só termina com um final feliz por causa da atitude de uma médica.
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A enfermeira Aura Coimbra tinha recebido diagnóstico de câncer no intestino e a solução seria uma cirurgia para retirada do tumor e parte do seu intestino. O desespero e a angústia se transformaram em esperança e alívio graças à médica Renata Coudry.
Aura mora no interior de Goiás e recebeu o diagnóstico aos 30 anos de idade. A notícia chegou num dia super especial para ela, estava indo morar sozinha pela primeira vez, mas tudo parecia desabar.
“Foi muito difícil porque eu recebi o resultado do laboratório via WhatsApp coincidentemente festejando o dia que ia morar sozinha. Eu estava lavando a casa nova para dar uma festa à noite, foi traumático. O câncer mexeu muito, por eu ser da saúde vivencio a realidade dos pacientes, e isso me abalou muito, foi o pior dia da minha vida”, relembra.
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Depois desse dia, Aura começou uma série de outros exames e consultas e a solução parecia ser mesmo uma cirurgia para a retirada do tumor e, consequentemente, boa parte do intestino. “Já tinha feito consulta com oncologista e sabia de todos os riscos, da possibilidade de uso de bolsa de colostomia, investiguei metástase, fiz mapa de câncer”, disse.
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Médico desconfiou de resultado de exame: “Me agarrei firmemente nessa possibilidade”
O médico proctologista Hélio Moreira Júnior foi o primeiro a levantar a hipótese dos exames terem sido trocados.
“A possibilidade de não estar doente foi incrível, eu me agarrei firmemente, com muita fé. Renasceu uma esperança, uma vontade, uma força“, relembra.
A dificuldade agora era encontrar um laboratório que fizesse um exame sobre o material analisado no primeiro teste para identificar se ele realmente pertencia à Aura.
Nenhum laboratório se dispôs a fazer porque era um teste de DNA complexo. “E ao mesmo tempo tinha a possibilidade de pensar que toda aquela esperança poderia ter um sofrimento ainda maior“, disse Aura.
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A enfermeira entrou em contato com o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Era a última esperança. “Conversei com uma pessoa maravilhosa por telefone, a Cibele, que me ouviu e entendeu meu problema”, disse.
Primeira médica se recusou fazer o exame: “Muito fria”
Aura mandou o material para análise, mas a médica disse que não iria fazer o teste porque era dispendioso e tinha muita chance de dar errado. “Eu chorei muito, era um resultado que poderia mudar totalmente a minha vida.”
Mas Aura insistiu.
“Consegui o telefone dela, mandei áudio para a médica chorando pedindo pelo menos pra tentar, ela ignorou o áudio e me bloqueou. Foi muito fria, me marcou muito de dor e de desespero. A pessoa que poderia me ajudar, se recusar. Foi frustrante”, lembra com tristeza.
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Esperança ressurgiu quando Aura já se preparava para cirurgia
Depois de todo o sofrimento, a paciente não tinha mais alternativas e finalmente teve que marcar a cirurgia. Ela já estava fazendo os exames pré-operatórios e se convencendo da necessidade da operação que iria retirar grande parte do seu intestino para evitar uma possível metástase. “Eu contemplei a proximidade da morte“, lamenta.
Foi quando então que ela recebeu uma ligação que mudaria para sempre a sua vida.
“Eu estava dirigindo. Lembro do tom de voz dela, uma voz que transmite muita energia. Encostei o carro e comecei a chorar. Ela disse: ‘Eu soube do seu caso e acho sim que a gente tem que tentar fazer, quero saber se você quer…’ e eu disse que era tudo o que eu mais queria”, relembrou.
A médica realizou o teste e dias depois retornou a ligação. “Ela disse: ‘Eu já falei para o seu médico, mas quero lhe dar a boa nova, os exames estavam realmente trocados, você não tem câncer’. Ela chorou junto comigo de emoção, foi a melhor notícia que recebi na minha vida”, contou Aura ainda emocionada.
Atitude da médica mudou completamente a vida de Aura
A atenção da médica Renata Coudry deu um novo rumo para a vida de Aura. Depois disso, foi só felicidade.
Hoje, aos 33 anos de idade, ela fez uma lista de coisas que deveria realizar todos os dias e que não tinha feito até então, como rever amigos de infância, pular de paraquedas, fazer tatuagem, ir a um show do Roupa Nova… Coisas que só são possíveis graças à empatia de Renata.
“A gente tem que ter empatia, estar na pele do paciente, da necessidade dele. Esse é o grande motivo de a gente ser médico, poder ajudar“, disse a médica.
Passados dois anos do que aconteceu. Elas puderam se conhecer pessoalmente no programa Encontro, da apresentadora Fátima Bernardes, na Rede Globo. Olha só:
https://www.instagram.com/tv/B1JWK24l6pY/?igshid=kbkqb2dcmyqv
“Foi incrível o que ela fez por mim. A empatia e a humildade dela me inspiram, aprendi muito com ela sobre a capacidade de ouvir o outro, de se sensibilizar com a dor do outro. Que eu possa ser humana com as pessoas como ela foi comigo”, finalizou Aura.
[Nota da Redação]
A cada bebê que traz ao mundo, o médico Calixto Hueb presenteia a mãe com uma arvorezinha para que a criança cresça com ela. É um primeiro presente à família do recém-nascido e também uma contribuição valiosa do médico para a preservação do meio ambiente. Vem conhecer mais essa história, dá play no vídeo abaixo:
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