Toda história de adoção é muito especial, tanto para quem adota, quanto para quem recebe uma nova família. Mas essa história é ainda mais única. Foi em Bariloche, na Argentina, que uma menina de 13 anos com deficiência múltipla foi legalmente adotada por Florencia Souto, que trabalhava no lar para pessoas com deficiência onde Sandra morava.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
“A primeira vez que a vi, ela me abraçou e disse, ‘mamãe’. Foi amor à primeira vista”, disse Florencia. Este primeiro contato foi em outubro de 2017 e, de lá pra cá, a garota conviveu com Florencia e sua família todo este tempo antes da adoção.
A mãezona fez questão de apresentar Sandra aos seus dois filhos, Tomás e Ana Paula, que na época tinham 10 e 5 anos, respectivamente “Os meninos quiseram conhecê-la imediatamente e não nos separamos mais. Logo a minha família passou a ser a dela também“, disse.
Leia Mais
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
O abrigo para pessoas com deficiência era voltado para idosos e Sandra era a única criança residente. “Decidi levá-la para casa para que ela pudesse ter outra vida, uma família, amigos, pessoas que a amam. Queríamos que ela pudesse sair de férias e comemorar aniversários e festas de fim de ano como outras crianças”, disse.
Sandra nasceu com Síndrome de Down, retardo mental grave e várias deficiências agravadas pela epilepsia e problemas respiratórios e cardíacos. “Tínhamos os meios e recursos para poder dar amor e ajudá-la a progredir, então, aos poucos, passamos a integrá-la com os filhos e lidar com toda a parte médica”, disse Florencia.
A adolescente ganhou também novos familiares, tios, avós e amigos. “Ela tem o seu lugar, a sua cama, as suas roupas. O fato de sair daquela casa a favoreceu em vários aspectos, porque ela cresceu como pessoa, pôde viver uma vida nova, aquela que sempre esperou“, disse a mãe.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Adoção de crianças deficientes ainda é tabu
A agora filha de Florencia não tinha perspectivas de ser adotada, tanto pela idade, quanto pela deficiência. Mas o amor tudo supera! “Ela é um ser especial que vem nos ensinar que nada é impossível na vida. Não é fácil, mas também não é impossível. As crianças com deficiência merecem oportunidades, porque têm muito amor para oferecer“, comentou a mãe.
Há pouco mais de um mês ela recebeu a decisão da Justiça com a guarda definitiva de Sandra. Na decisão, a juíza Marcela Trillini disse que “o amor e a dedicação de cada uma delas fazem com que a jovem se sinta amada, contida e cuidada como irmã e como filha, o que revela a realidade socioafetiva atual desta família e sua qualidade como pessoas”.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
“Quando entramos com os papéis de adoção, quebramos estereótipos. Não éramos um casal que queria adotar, mas uma mãe acompanhada de seus dois filhos. Juntos, nós três decidimos que era importante que Sandra tivesse o nosso sobrenome, que ela fosse legalmente minha filha e irmã dos meninos. Não só eu a adotei, mas eles também”, disse.
A história ganhou o mundo e está inspirando outras pessoas a também adotarem crianças com deficiência. “Minha mensagem é que você não perca a experiência de dar uma chance a essas crianças, porque o amor ajuda a você e a todos a ser pessoas melhores e a ver as coisas de forma diferente”, finalizou Florencia.
Fonte: TN
Esta história é tão emocionante quanto à da brasileira que viajou mais de mil quilômetros para adotar uma menina com Síndrome de Down. Leia aqui a matéria na íntegra publicada no Razões!
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.