Menina de 9 anos desenha “guia” de passeios em Jundiaí para amigo venezuelano

A rede municipal de ensino de Jundiaí voltou a funcionar nesta última semana, e o retorno às aulas de Victoria, de 9 anos, começou com muita disposição e inspiração!
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Com o intuito de ajudar seu coleguinha venezuelano que se mudou recentemente para a cidade, Victória desenhou uma espécie de “guia turístico” para que ele possa conhecer os lugares mais interessantes da cidade.
A mãe de Victória, Carla Miranda, disse que a filha chegou em casa entusiasmada após o primeiro dia de aula, contando sobre o novo amigo que tinha feito.
Logo em seguida a menina começou a perguntar para a mãe coisas como: “o sorvete do Sesc é barato?” ou “dia de domingo precisa pagar o ônibus?” ou “é caro ir para São Paulo de trem?”.
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Sabendo que Victória é uma criança muito comunicativa, sua mãe de início não suspeitou de nada. As horas iam se passando conforme a menina fazia perguntas, anotando e desenhando tudo num bloquinho.
“Eu perguntei o que ela estava fazendo e ela disse que queria que o novo amigo conhecesse a cidade, pois ele veio de outro país e ficaria muito feliz de ir nos lugares que vamos”, disse Carla.
A família de Victória costuma ir aos parques municipais e museus da cidade para passear nos fins de semana, além de conhecer lugares novos. “Brincamos que são os lugares BBB: bom, bonito e barato”.
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Sua mãe reconhece que “Victória é uma criança muito especial”, mas que, de todo modo, ficou emocionada com a atitude da filha, e como ela ficou preocupada com o bem-estar do amigo. “Ela disse que não devia ser fácil sair da Venezuela e deixar tudo o que gostava para trás”, disse.
Empatia é com ela mesma
Se colocar no lugar do próximo é algo que Victória tem feito desde a mais tenra idade, conta sua mãe.
“Ela é amorosa, tem gênio forte e uma capacidade infinita de amar o mundo. Vai à escola pública desde os quatro meses de idade e sempre foi muito bem cuidada. Diferente da maioria, ela sempre se adequa ao que é diferente para poder fazer amigos”, relata.
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Um bom exemplo foi que dois anos atrás, a pequena começou a estudar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) sozinha em casa, para poder se comunicar com o aluno novo da sala, que é surdo. “Na sala de aula tinha um intérprete de Libras e isso despertou seu interesse”, conta a mãe.
O passo adiante de Victória foi ingressar num curso da Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem (Ateal) de Jundiaí.
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“Quando vai à escola, cerca de três ou quatro cachorros de rua a acompanham. Ela colocou o nome em todos. Alguns ficavam esperando ela na escola até a hora de ir embora”, diz a mãe.
Após desenhar o “guia turístico” da cidade para o novo amigo, Victória pediu à Deus para abençoar a família dele e todo o povo venezuelano.
“Eu fiquei muito emocionada e por isso resolvi compartilhar. Senti como se Deus estivesse ali me mostrando o que é ser humano”, conclui.
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Fonte: Tribuna de Jundiaí
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