Menina trans que foi adotada recebe nova certidão de nascimento com nome e gênero retificados

Em 2016, o site Nlucon publicou a notícia da adoção de uma menina transgênera, a Ana Maria, pelo casal Roberto Salvador Jr. e Alexya Evangelista Salvador, que também é uma mulher trans. Pois agora eles tem mais motivos para comemorar, pois agora ela tem uma nova certidão de nascimento.
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O último sábado (18) foi de muita alegria para a família, que mora em Mairiporã-SP. A menina de 10 anos, designada menino ao nascer, e que nunca se identificou com o gênero masculino, recebeu uma nova certidão de nascimento, com a retificação do nome e sexo/gênero femininos. Ana Maria vivia no abrigo Lar de Maria, de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.
“Estamos todos felizes. O que me alegra é que minha filha nunca vai saber o que é a transfobia de apresentar um documento que não corresponde ao seu gênero. Sei que não vou conseguir defendê-la das outras transfobias da vida, mas estou em paz em saber que fiz de tudo para ela não passar por essa transfobia”, declarou Alexya ao site NLucon.
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A nova certidão foi feita pela juíza Christiana Brito Caribé da Costa Pinto, da Vara da Infância e Juventude de Jaboatão dos Guararapes, após uma audiência com os pais adotivos. A antiga certidão será automaticamente anulada na cidade de Cabo de Santo Agostinho, onde ela foi registrada inicialmente.
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“Até então a equipe de Jaboatão dos Guararapes achava que era uma fase, uma curiosidade momentânea. Só que a Ana ficou um ano e meio no abrigo dizendo que era uma menina, e não um menino”. A advogada Cecília Coimbra, que ajudou na adoção do Gabriel, acompanhou o processo. E, por meio desse laudo e da audiência, o Ministério Público entendeu que Ana Maria é de fato uma menina.
As únicas informações preservadas na nova certidão são o local de nascimento, o dia, mês, o ano e a hora. Na nova filiação, entram os nomes de Alexya e Roberto e a menina passa a se chamar, legalmente, Ana Maria Evangelista Salvador.
Em casa, Ana Maria é tratada em seu gênero, assim como na escola. “Apenas a equipe gestora da escola sabe que ela é uma criança transgênera, pois quando ela chegou eu levei o decreto estadual, uma lei municipal que protege a dignidade das pessoas trans, que eu propus e foi votada na Câmara Municipal de Mairiporã”, conta Alexya.
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Mesmo antes da nova certidão, o nome social Ana Maria já constava no diário de sala. Assim, a menina não passava nenhum tipo de constrangimento. “Com a nova certidão, ela não vai em momento algum precisar implorar para que a pessoa do outro lado do balcão não fale o nome do RG, como eu passo”, comemora a mãe.
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