No início de dezembro, pouco antes do Natal, o pequeno Gladson Garcia Silva, 8 anos, escreveu uma cartinha enquanto estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), pedindo ao Papai Noel um “coração novo”.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Alguns dias depois, o pedido do menino foi realizado.
Gladson sofria de miocardiopatia, uma doença do músculo cardíaco (miocárdio) que compromete o bombeamento correto de sangue para todo o organismo. Com o transplante e um novo coração, ele está livre da doença.
Leia Mais
De acordo com o portal Correio Braziliense, este foi o primeiro transplante cardíaco infantil realizado pelo Hospital Albert Einstein – de muitos outros que virão daqui pra frente.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
A cirurgia foi feita em parceria com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), uma aliança entre 6 hospitais de ponta no Brasil e o Ministério da Saúde.
Diagnóstico
A mãe de Gladson, Ana Camila da Silva, 31 anos, descobriu a miocardiopatia do filho apenas dois meses antes da cirurgia.
“Descobri da pior forma possível, meu filho podia ter morrido dentro de casa”, desabafou Ana. Os primeiros sintomas dele incluíam vômitos e dor de barriga persistentes, semelhantes a uma virose.
Com o diagnóstico da doença cardíaca e consequente internação, o menino foi transferido de Vitória (ES), onde a família morra, para o Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, no dia 16 de novembro.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Por um mês, ficou à espera de um novo órgão. “Normalmente o transplante cardíaco infantil é uma via final de qualquer tipo de tratamento”, disse o cardiologista Gustavo Foronda.
Procedimento cirúrgico
O médico frisou a dificuldade em encontrar doadores compatíveis. “O que a gente tem realmente dificuldade no transplante cardíaco infantil são os doadores, em conseguir o órgão. Culturalmente, uma criança doar um órgão é emocionalmente difícil para a família que acabou de perder o filho, ter essa ideia de doar.”
Uma ligação por telefone no dia 11 de dezembro mudou a vida de Gladson para sempre. “Estou te ligando para te dar uma boa notícia, consegui um coração para o seu filho”, disse o cardiologista à Ana Camila.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
A cirurgia é imediata quando um novo órgão fica disponível. Para a mãe, o transplante foi como receber uma nova oportunidade da vida. “Uma chance de poder fazer o que você, como mãe, pensa: ‘Queria ver meu filho grande’.”
Um mês após o procedimento, no dia 10 de janeiro, Gladson recebeu alta. Nas próximas semanas ele deve permanecer na capital paulista, uma vez que os médicos precisam acompanhá-lo.
Recuperação
“Agora ele está doidinho para andar por São Paulo inteiro, quer ir no zoológico, quer ir ao shopping. Passear mesmo, quer ir à praia. E quer muito ver os irmãos”, contou a mãe, que tem outros três filhos menores.
Além de salvar a vida de Gladson, o transplante deixa um legado para o sistema público de saúde, uma vez que outras crianças também serão atendidas em um dos melhores hospitais do Brasil – e do mundo.
“Tanto para o Einstein quanto para o Proadi-SUS, a partir do momento que a gente faz um procedimento com sucesso como foi feito o do Gladson, isso começa a abrir portas para outras instituições aprenderem com a gente o modo de realização do procedimento. Conseguimos ampliar e difundir esse conhecimento”, disse Foronda.
“Fiquei superfeliz, muito agradecida. Que através do meu filho, outras crianças possam ser beneficiadas e ajudadas”, disse Ana, acrescentando que o acolhimento do SUS foi fundamental, já que ela e sua família não conseguiriam arcar com os custos.
Fonte: Correio Braziliense
Fotos: Arquivo pessoal
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.