Mesmo numa quarta-feira chuvosa, o torcedor Alexandre Barros, 40 anos, não deixou de prestigiar o seu time em campo.
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O que ele não imaginava era encontrar na entrada do Arena Corinthians um jovem torcedor tomado pela chuva na esperança de conseguir um ingresso.
Era o Messias, 14 anos, filho de um pedreiro desempregado há anos e de uma catadora de recicláveis, que teve o seu carrinho furtado. Messias é um dos seis filhos do casal que vive na favela da Vila União, Zona Leste de São Paulo.
Mais do que realizar o sonho do menino de assistir ao jogo, o Alexandre quis conhecer sua família e ajudá-la com uma casa nova, já que a atual tem nem banheiro e infraestrutura alguma! Seis pessoas dividem uma única cama. Abraçamos essa missão com ele e criamos uma vaquinha na VOAA. Clique aqui e contribua.
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O encontro do torcedor com os meninos
Quando o Alexandre encontrou o Messias, o menino foi até ele perguntar se teria ingresso sobrando para assistir ao jogo. Todo jogo do Corinthians, o menino vai com os seus amigos na esperança de conseguir entrar.
Frequentador assíduo do estádio, o empresário conta que ele e seu grupo de amigos sempre tentam ajudar os garotos, embora isso nem sempre seja possível.
Por sorte, naquela quarta-feira, a última do mês de fevereiro, o Alexandre tinha mais um ingresso quando Messias foi falar com ele.
“Eu falei para ele vir comigo, pois tentaria colocá-lo para dentro. Estava ventando muito, e o garoto falou para mim que estava com frio. Ele estava tremendo. Aí eu fui lá dentro, comprei um moletom do time e dei para ele.”
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No caminho, Messias reencontrou dois amigos que tinham se separado dele. Restavam poucos minutos para o início da partida, mas a bilheteria ainda estava aberta.
Alexandre então comprou mais dois ingressos e partiu com Messias, Mikael e Miguel para a fila de entrada. No entanto, havia um problema: menores de idade só podem adentrar o estádio com um responsável legal ou com alguma autorização formal.
O empresário procurou um funcionário do clube, e nitidamente emocionado, acabou comovendo a segurança e conseguiu a liberação.
“Eu só fui uma peça chave para que eles continuem buscando o sonho deles. Eu segui um pouco o meu coração e a coisa aconteceu.”
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Naquele dia, o Corinthians recebeu o Avenida, do Rio Grande do Sul, pela segunda fase da Copa do Brasil. Como de costume, Alexandre foi ao estádio, e diante de um adversário de pouca tradição, esperava um jogo tranquilo. Porém, a partida foi uma das mais emocionantes de sua vida. Dentro de campo e, principalmente, fora dele.
“O Corinthians estava perdendo de 2 a 0, e os policias não deixavam eu entrar com os meninos porque eles não tinham documento. Mas, ao conversar na Arena, expliquei a situação e conseguimos.”
Dá para ver pelas fotos que eles vibraram muito, não é mesmo? Inclusive, o Corinthians virou o jogo: venceu o Avenida por 4 a 2.
Não é só futebol!
Depois daquele dia, o Alexandre quis conhecer a família do Messias, pois queria levá-lo para fazer uma tour no estádio e no museu do Timão. Mas, quando viu a situação em que a família do menino vivia, não poderia simplesmente ir embora de lá.
Vivem na pequena casa na favela da Vila União, Zona Leste de São Paulo, o Messias e seus irmãos: Felipe (15) e João Lucas (17), além dos pais, o pedreiro, desempregado há anos, Vaudeci Cordeiro da Silva e a mãe, a catadora de recicláveis, que teve seu carrinho furtado, Roseli das Dores.
O Messias ainda tem a irmã Mikaeli, 19 anos, mãe do Davi, que mora com o namorado e o irmão mais velho, Luís Fernando, 22 anos, que vive sozinho e enfrenta problemas com alcoolismo, além da Luana, 21 anos, que também mora em outra casa.
“O João Lucas e o Luís Fernando sofrem de transtorno mental e possuem dificuldades de aprendizagem”, explicou Alexandre.
“Desde esse dia coloquei em minha mente que vou ajudar essa família, sou empresário do ramo de obra e estou tentando dar emprego para esse pai. Meu maior sonho é realizar a obra de um lar digno pra essa família que já mora em meu coração, me ajudem, por favor”, afirmou Alexandre.
Para ajudá-lo nesta missão, criamos uma vaquinha na VOAA. A vaquinha é para construir uma casa para a família do Messias viver com um pouco mais de dignidade! Clique aqui e contribua.
Vida da família transformada pelo torcedor
Adotado pelas crianças como “Tio Alê”, o torcedor, desde abril, tem feito muito pela família do Messias. Olha só:
#1 Há cinco meses, a Dona Roseli teve a sua carroça furtada, o seu instrumento de trabalho na coleta de recicláveis. Sabendo da situação dela, Alexandre fez uma campanha e conseguiu arrecadar o valor para a nova carroça. Ele também já cadastrou Roseli no aplicativo Cataki, que otimizará o trabalho da coletora.
Roseli e a filha Mikaeli foram levadas para fazer exame de vista. “Elas descobriram um problema na vista genético e sem custo algum, conseguimos os óculos.”
#2 O seu Vaudeci recebeu uma chance! O Alexandre colocou o pai do Messias para trabalhar em sua empresa de obras e está ajudando o pedreiro a se qualificar e quem sabe, ter o seu próprio negócio. Ele também ganhou um novo sorriso! Olha que belezinha!
#3 O irmão do Messias, João Lucas, 17 anos, conseguiu o acompanhamento de um profissional para ver o problema dele. Por conta de um acidente que ele sofreu há 3 anos, hoje, João Lucas tem dificuldades para caminhar. Tudo indica que ele ficará bom logo, logo!
#4 O irmão mais velho de Messias, Luiz Fernando, 22 anos, enfrenta um sério problema com álcool. Decidido a virar essa página na sua vida, pediu que fosse internado. Alexandre, com o apoio de amigos, está procurando uma clínica. Luiz Fernando ganhou um ‘Dia de Príncipe’ para marcar o seu recomeço. Cortou o cabelo, fez segunda via dos documentos e ganhou roupas.
#5 Ah, ainda tem mais, os meninos foram inscritos em uma ‘peneira’ no Audax e no Corinthians. Mesmo que eles não passem, já que o teste é muito concorrido, o Corinthians ofereceu a eles a escolinha de futebol gratuita!
Acreditamos muito que esse é o momento em que torcedores de outras equipes deixam a rivalidade de lado e aplaudem o empenho de Alexandre para ajudar essa família! ???
“Agora, com essa ação da construção da casa, pretendemos também inaugurar uma sede dentro da comunidade, onde a ONG Grupo Sol poderá oferecer o trabalho de voluntários para assistência social e entrega de cesta básica as famílias”, conclui Alexandre.
Vamos ajudar essa família a ter uma casa digna? Clique aqui e contribua com a vaquinha!
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