
Pouco depois de completar 23 anos, o modelo Roger Monte desenvolveu vitiligo, uma doença que se caracteriza pela perda da coloração da pele. O diagnóstico pegou Roger de surpresa, deixando ele deprimido e sem rumo.
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Com o passar dos meses, conforme a pele morena se transformava, o rapaz nascido e criado no Rio de Janeiro (RJ) passou a sofrer de depressão severa, não conseguindo sequer se olhar no espelho.
Sentindo-se só e perdido, Roger perdeu a confiança na própria aparência e acreditava que sua vida havia acabado.
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Logo, passou a cobrir as manchas brancas com camadas e mais camadas de maquiagem, desejando que o mundo não o visse com “maus olhos”. “Eu tinha 23 anos quando a primeira mancha de vitiligo apareceu”, contou o modelo, hoje com 37 anos.
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“Ver minha pele perdendo a pigmentação foi assustador para mim. Achei que minha vida, que mal havia começado, tinha acabado naquele momento. Quando descobri que o vitiligo pode se desenvolver por causa do estresse emocional, eu me culpei por isso todos os dias”, afirmou.
Episódios de preconceito passaram a ser rotineiros: por exemplo, muita gente se recusa a sentar-se perto dele no transporte público, achando que sua condição é “transmissível” – o que não é verdade.
“Eu tive alguns anos realmente sombrios e não conseguia nem me olhar no espelho. Não aceitei minha condição de jeito nenhum e comecei a usar maquiagem para camuflar minhas manchas”, relembrou o carioca.
“[…] Certa vez uma pessoa disse que eu deveria estar no circo porque as manchas na boca me fazem parecer um palhaço”, afirmou.
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Por dez longos anos, Roger cobriu sua vitiligo com maquiagem na maioria das vezes em que saía às ruas. Até que certo dia, ele resolveu dar um basta na situação.
“Parecia que estava sendo mantido como refém. Não gostava de ir à praia ou à academia ou qualquer coisa que me fizesse suar. […] Tinha medo que os outros notassem demais minhas manchas”, explicou o modelo.
Exemplo de apoio e aceitação
Em 2016, tudo isso mudou: Roger conheceu um grupo de amigos na academia. Sentindo-se confortável o suficiente para contar aos seus novos amigos sobre seu vitiligo, eles imediatamente o encorajaram a mostrar sua pele.
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“Esses amigos incríveis me ensinaram a ver minhas manchas como algo único e bonito. Então, um dia eu acabei de acordar, peguei meu celular, tirei uma foto e postei no Instagram”, relembrou.
A resposta positiva que ele recebeu foi esmagadora, tanto entre amigos, quanto com desconhecidos da internet. Até mesmo amigos com quem o rapaz não falava há anos comentaram que sua pele estava incrível e que sua coragem de mostrar sua pele era inspiradora.
“Eu nunca tinha visto uma foto minha receber tantos comentários e curtidas. Pessoas que eu não via há anos elogiavam minha pele e diziam que nunca haviam percebido que eu tinha a doença”, contou.
“Teve até um menino que também estava escondendo seu próprio vitiligo com maquiagem, que me contatou para dizer que minhas postagens o inspiraram a parar de esconder sua pele. Outra garota até entrou em contato para dizer que minha história ajudou a curar sua depressão”, comemorou o carioca.
Com uma confiança renovada, Roger continuou postando fotos nas redes sociais, e logo foi convidado a posar como modelo – uma experiência inédita pra ele.
Roger espera que sua mensagem positiva para a pele encoraje outras pessoas que sofrem em silêncio a abraçar sua beleza natural.
“Hoje estou realmente feliz. Adoro passar horas na praia, ao ar livre e sentir o sol na pele”, afirmou o modelo.
“Se minhas fotos são capazes de ajudar outras pessoas a aceitarem seu verdadeiro eu, então estou feliz. Eu fiz da câmera minha aliada e mal posso esperar para ver o que o futuro me reserva”, concluiu.
Fonte: Daily Mail UK
Fotos: reprodução/Instagram: @rogermon
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