Para 40 moradores de rua da Praça Regina Frigeri Furno, em Jardim da Penha, Vitória, o Natal chegou mais cedo – isso porque diversos voluntários da Paroquia São Francisco de Assis organizaram uma grande ceia para servir todos os homens, mulheres e crianças que compareceram.
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A iniciativa contou com o auxílio de um ônibus adaptado com chuveiros para que as pessoas pudessem tomar banho e ainda houve distribuição de kits com roupas e cortes de cabelo.
Organizado pela Pastoral do Povo de Rua, o projeto é tocado pelo pároco Adenilson Shmidt. “O próprio Jesus quando quis se revelar a nos se mostrou na pobreza. O que a igreja pode oferecer a sociedade é cuidar dos pobres. Reconhecer nessas pessoas a sua dignidade, seu valor. Reconhecer nelas o rosto do cristo, pobre, sofredor, que pede a cada um de nós ‘tenho sede, tenho fome’. E a gente, na medida do possível, tenta ajudar”.
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O padre guiou um momento especial de oração e reflexão antes do início da ceia. Segundo Adenilson, o objetivo do projeto é retirar essas pessoas da situação de rua e dar-lhes dignidade para que possam construir um novo futuro, provendo-lhes qualidade de vida.
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Precisando de ajuda
Há mais de duas décadas morando nas ruas devido ao vício crônico com drogas e álcool, Cristiane Bermudes, de 43 anos, aproveitou a ação para tomar banho e vestir novas roupas. “Tomei um banho gostoso porque esta um calorão danado hoje e a água estava uma delícia”, disse.
Ela afirma que sofre bastante com o preconceito por ser moradora de rua. “A sociedade discrimina muito a gente. Muitos [de nós] somos doentes na droga e na bebida, mas a maioria não nos vê assim.”
Esperança para o próximo ano
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Everton Luiz da Silva, de 32 anos, foi um dos que compareceram à praça para a ceia. Ele diz que está morando na rua há oito meses, desde que foi demitido do emprego; apesar das dificuldades, disse que sente feliz e agradecido com a boa ação da Pastoral. Além disso, gostou de confraternizar com os demais presentes que infelizmente estão em situação semelhante.
“A solidariedade que vem de quem também está na rua é muito grande. Tentamos nos superar todo dia dos nossos vícios, dos nossos problemas. Às vezes um chinelo, uma roupa, uma palavra amiga é muito importante”, desabafou.
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Esperançoso para o ano que chega, Everton espera encontrar uma oportunidade de trabalho para superar o momento difícil e mudar sua própria história. Além disso, pede por políticas públicas eficazes para ajudar moradores de rua que precisam abandonar o vício em drogas e álcool.
“Essa situação não é digna para ninguém”, diz.
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Fonte: Gazeta Online
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