Com horário certo para entrar e outro para sair nas empresas de telemarketing por onde passou, Juliana dos Santos, de 34 anos, decidiu se tornar motorista parceira da 99 para ir atrás dos seus sonhos, como a faculdade de psicologia, por exemplo.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
A decisão de trabalhar por conta própria e, assim, ter mais tempo para o filho de 12 anos e para os estudos, teve influência direta dos dois irmãos de Juliana que já trabalhavam com o aplicativo antes dela.
“Influenciaram tanto por mostrar que era lucrativo, quanto pela flexibilidade de horários. Posso tirar férias quando quero; tal feriado, não vou trabalhar, mas viajar”, conta a motorista.
Apoio da família
Juliana não encontrou resistência dentro de casa, pelo contrário. Para o pai, por exemplo, é como se ela estivesse fazendo um “estágio” da faculdade – paga com o dinheiro das corridas. E, talvez, ele não esteja exagerando.
Leia Mais
Transportando pessoas e conhecendo suas histórias, Juliana exercita a escuta – uma das habilidades exigidas de um bom psicólogo, não é verdade? ?
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
“Como ele falou, ‘ah, vai conversando com os passageiros, muitas vezes, a pessoa não está num dia legal e você tá ali escutando. Vai servir até como um estágio da faculdade’. Então, acharam legal”, diz.
‘Minha mãe é uma artista’
Juliana é motorista parceira da 99, mas para o filho, ela é uma “artista”. Henrique achou o máximo a mãe participar de uma campanha sobre o Guia da Comunidade, que visa promover a empatia entre os usuários e tornar as viagens mais seguras.
“Ele apoia e tem orgulho da profissão da mãe. Quando aconteceu a sessão de fotos da 99, ficou se achando. É muito satisfatório saber que eu sou um exemplo pra ele e que ele não tem vergonha de falar que a mãe trabalha com o aplicativo”, afirma.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Atendimento a usuários na Cracolândia
Um tempo atrás, Juliana, que mora em Carapicuíba, Região Metropolitana de São Paulo, foi voluntária de um projeto social que oferece assistência a moradores em situação de rua e dependentes químicos.
Depois dessa experiência, decidiu que estudaria psicologia e antes mesmo de concluir a graduação, já sabia a quem dedicaria anos de estudo. No 5º período da faculdade, teve aulas com uma professora que atua na Cracolândia, vinculada à Prefeitura de São Paulo.
“No primeiro dia de aula, ela perguntou quem tinha interesse em atuar na área social. Eu e mais alguns alunos levantaram a mão. No final do semestre, ela perguntou de novo. E aí eu lembro que só eu e mais uma colega levantaram a mão”, relembra.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Juliana conta que existem concursos públicos para profissionais que desejam auxiliar na recuperação dessa população. A oportunidade está no seu radar, mas não limita a sua vontade, “quero me estabilizar para trabalhar como voluntária, seja na Cracolândia ou em alguma clínica de recuperação”.
Por trás de uma mulher, existe o apoio de outra mulher
E aí você pode se perguntar: como conciliar trabalho, faculdade e a criação do filho? Sabemos que não é tarefa fácil.
Esbanjando humildade, Juliana afirma que não conseguiria sem o suporte da mãe, que criou três filhos trabalhando como empregada doméstica.
“Ela me ajuda demais! Muitas coisas que eu não consigo fazer pro meu filho, ela acaba fazendo. Eu consigo porque ela me ajuda. Então, não fica tão pesado e cansativo”, reconhece.
Além do apoio da mãe, Juliana reforça a vantagem de poder escolher seus horários de trabalho para chegar aonde pretende e conclui:
“Quando eu preciso parar de trabalhar para estudar, eu paro. É o que eu falo, de repente se eu tô trabalhando numa empresa com horário regrado, não conseguiria. Admiro muito quem consegue. Hoje, não, é possível parar pra fazer alguma outra coisa.”
Isso aí, Ju, seja dona do próprio tempo e faça acontecer! ?
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.