Mulher ao volante: motorista é premiada com maior número de avaliações positivas no RJ

Quem nunca ouviu, ou repetiu, mulher no volante, perigo constante? Claudia Grugel dos Santos é motorista parceira da 99 há três anos e por duas vezes foi premiada como a motorista com mais cinco estrelas em todo o Estado do Rio de Janeiro.

E o início da sua história com o app desperta curiosidade. Claudia é a mais velha de três irmãos. Aos 12 anos, começou a trabalhar em uma padaria para comprar um par de óculos de grau, já que a mãe não tinha condições financeiras.

Chegava no serviço às 5h da manhã. Encerrava o expediente às 12h30 – com só mais 15 minutos para almoçar, na própria padaria, e chegar no colégio antes do portão fechar, 12h45, em ponto. Dizer que boa parte da vida de Cláudia foi uma corrida nem de longe é força de expressão.

Aos 15 anos, Claudia foi eleita deputada juvenil. Com orgulho, diz ter feito parte do primeiro Parlamento Juvenil do Brasil. Levou quatro projetos de lei e voltou de lá com oito aprovados – a outra metade criada com outros deputados juvenis! Dentro do próprio Parlamento, fez parte da Comissão de Educação. Depois disso, participou de incontáveis congressos representando Rio Bonito, município que fica a 74 km de distância da capital fluminense.

Perda de memória

Já adulta e formada em Contabilidade, Claudia trabalhou em alguns bancos. E se até aqui ela não parava quieta, agora, então, chegou ao seu limite – físico e, principalmente, mental.

“Eu trabalhava de segunda à sexta. No sábado, eu dava aula; no domingo, eu tinha aula. Então, eu não tinha folga. Não tirava férias nunca. Quando cheguei aos 29 anos, tive falha de memória e precisei me afastar das minhas atividades”, conta Claudia, que atualmente faz faculdade de Engenharia em Segurança do Trabalho.

O médico que atendeu Claudia disse que faria bem para ela conhecer pessoas novas e lugares novos. Então, talvez conseguisse recuperar um pouco da memória perdida. Foi quando decidiu se tornar motorista parceira da 99.

“Falei, ‘cara, acho que vai ser bom pra mim porque vou estar em vários lugares, conversando com diversas pessoas e isso pode dar uma ajudada’. Se eu passar mal, obviamente, paro tudo. Trabalho com pessoas. Isso pra mim é prioridade”, afirma.

“Quando escolhi trabalhar com a 99 foi justamente para que eu pudesse, além de ganhar dinheiro, estar em vários lugares. No momento, moro em Rio Bonito, mas de vez em quando, acabo indo para Cabo Frio, Saquarema, Niterói. Aí você vai conversando com as pessoas e aquilo faz você ficar mais tranquila. A 99 me ajudou muito nisso, sabe? Falo 99 porque, cara, a 99 pra mim é a minha casa.”

Motorista presente, escuta empática

Em mais de 90% das empresas por onde passou, Claudia foi promovida a cargos de gerência. Por trás de cada promoção, estava sua facilidade para lidar com pessoas de perfis diferentes, fundamental para gerir bem uma equipe, não é mesmo? 

Soma-se isso ao fato de viver em uma cidade pequena, os passageiros viram praticamente parte da família. 

“A gente costuma repetir passageiro, né? Muitas vezes, eu levo uma pessoa, ela me conta alguma determinada coisa e, daqui a pouco, busco a pessoa novamente e ela fala, ‘cara, sabe aquele dia…’. É bem legal porque a gente fica sabendo o final da história”, diz.

Além de excelente motorista, Claudia está sempre disposta a ouvir e até aconselhar. E, talvez, esse seja o grande segredo para colecionar tantas avaliações positivas. 

“Em tudo o que eu for fazer na vida, vou tentar o melhor que eu puder. Às vezes, a pessoa sai do carro dizendo, ‘foi Deus quem te mandou porque eu precisava ouvir isso’. Acho que cada momento tem que ser vivido. Não adianta eu estar aqui, mas com a cabeça sei lá onde.”

Identificação

Boa parte dos seus 34 anos, Claudia passou lutando por causas em que acreditava e ainda acredita. O maior exemplo disso é a sua participação no Parlamento Juvenil.

A premiação que citei no início do texto aconteceu como parte das ações da 99 em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março). A primeira em 2019, presencial, na Casa 99; a segunda, em 2020, a distância, por conta da pandemia.

“Levanta várias questões. O Dia da Mulher por si só é uma questão forte. Estamos falando da mulher ocupando uma categoria dominada pelos homens. Saber que a empresa nos enxergou é bastante motivador”, afirma.

“A 99 levanta causas no país que precisam ser conversadas. Por isso que eu visto a camisa da 99 sem medo. Justamente por apoiar causas importantes, sabe?”

Junta a identificação com a empresa e a melhora na sua qualidade de vida desde que se tornou motorista do app, Claudia diz que a experiência tem sido incrível.

“E com muito orgulho, tá? Apesar de ouvir muito aqui, ‘ah, a Cláudia está acabada. Olha, ela tá trabalhando como motorista’. Nossa, pra mim, é um orgulho”, concluiu.

Oxe, vergonha nenhuma, né? Arrasa, Claudia! ?

A 99 lançou Guia da Comunidade para promover empatia entre os usuários e tornar suas viagens mais seguras. Saiba mais clicando aqui.

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