Motorista da Uber socorre menina doente, leva-a ao hospital e não cobra corrida da mãe

0
3474
Motorista da Uber socorre menina doente

Em seu primeiro dia trabalhando como motorista da Uber, na última terça-feira (5), Daniel de Oliveira Torres, fez a corrida de sua vida: socorreu uma menina que estava com 40° C de febre, levou-a ao hospital e ainda se recusou a cobrar a corrida solicitada pela mãe.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

“Foi automático, nem parei para refletir. Só pensava nos meus três filhos e que eu deveria ajudá-la.”

Daniel, que também trabalha em um supermercado e se tornou motorista particular para complementar a renda, mora em São Gonçalo (RJ) e conta que após a corrida, se tornou amigo de Bruna Silva Santos e sua família.

“Recebi o chamado da Bruna e por algum problema o aplicativo já iniciou, sem ela estar dentro do carro, por volta das 23h. Aí ela me ligou e pediu para eu cancelar, porque estava com a filha ardendo em febre, com quase 40ºC, e precisava chegar logo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Eu pedi para ela me falar certinho onde estava que eu iria levá-la”, relatou ela ao portal BHAZ.

O motorista conseguiu chegar bem rápido à casa de Bruna, pois já estava tarde e não havia trânsito. Ela estava esperando com a pequena Letícia, 3 anos, no colo. “Em 5 minutos já estava na porta [da casa dela]. Ela entrou com a filha e a mãe. Como a menina já estava passando muito mal, cortei todos os carros, semáforos, buzinei muito, tudo para chegar rápido até a UPA”, explica.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Motorista da Uber socorre menina doente
Daniel, que trabalha como motorista da Uber, socorreu Letícia às pressas e a levou ao hospital. Não quis cobrar pela corrida

No trajeto até o hospital, a menina começou a vomitar no carro. “Falei com a Bruna que não precisava se preocupar. Chegamos na UPA com uns 8 minutos. Aí eu desliguei o aplicativo, estacionei o carro e fui entrar com elas. Expliquei para a Bruna que esperaria as três saírem da UPA e levaria elas para casa depois”, explica.

Leia tambémUber para carro e corre a pé com malas para passageira não perder voo

“Só queria agradecer”

A mãe de Letícia trabalha como autônoma. Ela afirma que ao descer do carro, tentou pagar R$ 60 para o motorista, de modo a recompensá-lo pela proatividade e pelos transtornos. No entanto, ele se recusou. “A corrida tinha dado R$ 5,95, mas minha filha vomitou no carro e ele me contou que teria que trabalhar cedo no outro dia de manhã. Eu peguei o dinheiro, mas ele não aceitou. Disse para eu me preocupar só com a minha filha”, explica.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2667886469899425&set=a.479606222060805&type=3

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

“A gente entrou na UPA e a Letícia teve que tomar soro, ser medicada, descansar. Durante todo esse tempo o Daniel ficou na sala de espera. Saímos já era mais de 1h e, mesmo assim, me deixou em casa. Não cobrou a corrida nem nada. Eu agradeci muito, disse que vou sempre orar pela vida dele”, conta Bruna.

Segundo a equipe médica do hospital, o motivo da febre da criança seria emocional. “Acabamos de perder nosso cachorro, ela ficou muito triste e adoeceu. Ela não teve mais nenhum sintoma, então ainda estamos observando. Agora ela está bem melhor”, continua.

A autônoma não esperava que a história fosse repercutir tanto. Em poucos dias, o relato do acontecimento já acumula mais de 155 mil reações e 55 mil compartilhamentos no Facebook. “Eu compartilhei no meu Facebook só mesmo para mostrar essa história e demonstrar minha gratidão a ele. A publicação era só para contar aos meus amigos mesmo, mas tomou uma proporção muito maior.”

Leia também: Motorista da Uber acolhe mãe aflita e compra roupas para seu bebê doente

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

“Ele é uma pessoa do bem, trabalhando na Uber para pagar o carro, sustentar a família”, completa

Após aquela noite tensa, Daniel e Bruna se tornaram amigos. “Trocamos número de telefone e conversamos pelo WhatsApp. Ganhei uma amiga, uma família. Hoje ainda vou lá vê-la, saber como ela está. Honro ao meu Deus, não pensei duas vezes para ajudá-la e faria tudo de novo se fosse preciso”, completa.

Educação, esporte e arte são fundamentais para a inclusão social de grupos vulneráveis, concorda? Conheça então três projetos que defendem essas causas, escolha a sua favorita, apoie e concorra a um super prêmio de R$ 1 milhão da promoção “Ganhou, Causou”, da Nestlé. Clique aqui e saiba como participar!

Fonte: BHAZ/Fotos: Daniel Torres/Arquivo pessoal

Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.