Mulher abre “cabaninha” de açaí para tirar sustento e terminar a faculdade antes do 60

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autônoma abre cabana do açaí para tirar sustento e concluir faculdade

No mês passado, a autônoma Leny Cunha, 55 anos, resolveu construir uma “cabaninha” de açaí na varanda de sua casa, no Bairro Zé Pereira, em Campo Grande (MS), para tirar seu sustento e driblar o desemprego.

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Nos últimos anos, ela já vendeu churros, queijos e até roupas para continuar estudando Enfermagem, curso em que sonha concluir e conquistar o diploma antes de chegar aos 60 anos.

“Se eu monto uma coisa e não dá dinheiro, penso em outra coisa para fazer. Então com o açaí foi assim também, mas dessa vez, preciso mesmo que dê certo”, disse Leny ao portal Campo Grande News.

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A vendedora autônoma criou suas 2 filhas sozinha e desde que elas se tornaram independentes, Leny começou a trilhar novos rumos na vida.

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No entanto, a dificuldade em arrumar emprego fixo acabou sendo mais desafiador do que ela esperava, forçando-a a trabalhar como autônoma.

Desde a juventude, Leny trabalhou como doméstica. Mais recentemente, fez cursos de manicure, depilação e cabelo.

No entanto, com o avançar da idade, ela viu as janelas de oportunidades profissionais se fechando. “Acabei trabalhando por muitos anos vendendo churros e conseguia pagar as contas de casa, mas precisei parar também”, disse.

Em busca de novos ares, Leny decidiu fazer uma graduação. Com o apoio das duas filhas, conseguiu uma vaga no curso de Enfermagem pelo ProUni (Programa Universidade Para Todos).

Agora estudante universitária, a campo-grandense afirma que sempre gostou da área da saúde e se imaginava trabalhando com ela. Entretanto, as (inúmeras) dificuldades do dia a dia acabaram atrapalhando seu foco rumo ao diploma.

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Hoje, após mais de dois anos de pandemia e crise econômica, Leny garante que não teve problema em retornar aos estudos. Seu maior transtorno vem sendo a instabilidade de sua renda.

“Por isso é que resolvi começar a vender coisas aqui em casa. Antes da pandemia, eu abri um estúdio, mas precisei fechar, porque chegou o coronavírus. Desde então, estou tentando coisas por aqui”, contou.

Inicialmente, ela abriu um salão de beleza na varanda de casa, mas a clientela nunca foi grande, ao que Leny atribuiu à “simplicidade do espaço”. Em seguida, tentou abrir um brechó, mas por insegurança, resolveu encerrar o negócio de forma prematura.

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Agora com sua cabaninha de açaí, ela tem esperança, uma vez que o fruto “une” tudo o que deu certo em sua vida até agora. “Eu aprendi que gosto de mexer com ramo alimentício, quando vendia churros dava certo. Comprei tijolos e materiais, construí as paredes, coloquei a grande e pintei lá fora. Agora é só trabalhar”, explicou ao portal Campo Grande News.

Surpresa com a recepção do seu negócio até aqui, Leny manifesta pura gratidão com os comentários de apoio que recebeu no Facebook. Ao lado da filha, ela postou fotos do local em um grupo do bairro, tendo recebido mais de 1.000 compartilhamentos e mais de 400 comentários!

Para os próximos dias, a ideia é seguir com a venda de açaí, terminar a graduação de Enfermagem e, enfim, conseguir entrar no mercado de trabalho que há tempo teima em deixá-la do lado de fora.

Você pode conhecer a cabaninha de açaí da Leny! Fica na Rua Elenir Amaral, número 654, Bairro Zé Pereira. O local funciona diariamente a partir das 11h.

Fonte: Campo Grande News
Fotos: Aletheya Alves

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