Professora adota 58 crianças para dar uma família a elas em SP

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professora adota 58 crianças

A professora Marina Amparo é o símbolo de empoderamento e combate ao racismo na comunidade onde vive, em Jardim Sabiá, no extremo sul de São Paulo (SP).  A comunidade nasceu com a doação de terras para mais de 50 mães solo e suas crianças. Nessa área da periferia paulistana, ela construiu uma grande família com 58 filhos.

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Visando homenageá-la e pegando carona na comemoração dos 29 anos de criação do Estatuto da Criança e dos Adolescentes (ECA) e do Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, comemorada hoje, 25/7, Marina Amparo foi a escolhida para protagonizar o quinto episódio da série “Matriarcas”.

A série é uma iniciativa da Periferia em Movimento, idealizada pela escritora e professora Lucimeire Juventino, onde são contadas histórias de mulheres que cavaram os alicerces das lutas por direitos humanos que perduram até hoje.

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Quem é Marina

Marina Amparo nasceu em 1966 no Amparo Maternal (daí seu sobrenome), uma maternidade fundada há 80 anos pela madre franciscana e assistente social francesa Marie Dominieuc, pelo arcebispo de São Paulo Dom José Gaspar e pelo médico obstetra Álvaro Guimarães Filho para prestar assistência a mães solo – geralmente, mulheres pobres e negras que eram abandonadas por suas famílias em uma época em que a gravidez fora do casamento era rotulada de “prostituição”.

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A madre Dominieuc conseguiu a doação de mais de 50 lotes para a construção de moradias para essas famílias, ainda na década de 1960. Os lotes formaram o bairro Jardim Sabiá, que faz parte do Grajaú, distrito do extremo sul da capital paulista.

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A própria Marina frequentou o convento. Inspirada pelo trabalho das madres e feiras, ela decidiu dar continuidade a esse trabalho, acolhendo inicialmente 3 crianças no Lar Casa do Caminho. Com o passar dos anos, foi adotando mais e mais crianças, chegando a 58 crianças adotadas. Hoje, ela ainda tem a guarda judicial ou a adoção de 20 filhos menores de 18 anos.

Mais do que acolher essas crianças, o objetivo de Marina é dar base para a construção de um futuro melhor para seus filhos. Por isso, Marina articula com escolas, creches e centros de convivência da juventude para garantir a frequência da molecada nos espaços de aprendizagem; abriu um brechó e está construindo um espaço que vai oferecer cursos profissionalizantes para trabalhar em pizzaria, restaurante, além de um samba na laje pra comunidade; e podem acontecer dois ou três aniversários por semana, mas todos eles são comemorados com festa.

“Eu não tive família. Sou fruto do abandono. Então quero dar a eles uma família, para que eles saibam de onde vieram”, completa Marina.

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Fonte: Periferia em Movimento/Fotos: Reprodução/YouTube

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