“Fiquei com o exame na gaveta por seis anos, sem levar para o médico. Para falar a verdade, eu não queria viver mais.” A frase é de Patrícia Dias, 44. Ela viveu em um relacionamento abusivo durante 20 anos. O ex-marido controlava até o tamanho do corte de cabelo de Patrícia.
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A violência sofrida, psicológica, na maioria das vezes, prejudicou bastante a sua autoestima e, consequentemente, o autocuidado. Uma prova disso, senão a maior, é que Patrícia demorou seis anos para mostrar a um médico mastologista uma mamografia que já dava sinais da presença do câncer de mama no seio direito.
No fim de 2017, Patrícia, que mora no Rio de Janeiro, resolveu se divorciar do ex-marido. Ela conseguiu recuperar o controle da própria vida e começou a se dedicar mais ao autocuidado. Em março de 2018, Patrícia levou ao médico a mamografia – principal exame capaz de detectar o câncer de mama – que havia feito em 2013, um ano e meio depois de parar de amamentar a filha, que antes do fim da amamentação já não estava mais mamando na mama direita.
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Corrida após o diagnóstico
Aconteceu tudo muito rápido. Patrícia levou a mamografia para o médico, junto com outros exames mais recentes que sua ginecologista havia pedido. Vinte dias depois, já passou por cirurgia para a retirada da mama direita. “A biópsia foi feita a partir da própria cirurgia. Nunca corri tanto na minha vida, porque nesse meio tempo, eu também estava me divorciando.”
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Segundo Patrícia, ela contou com a “sorte”, mesmo não concluindo o diagnóstico de forma precoce anos antes. “O tumor ficou concentrado na axila e no próprio seio. Perdi muito tecido, mas podia ser muito pior.”
Infelizmente, o diagnóstico tardio é uma realidade. É o que dizem os dados do estudo Amazona III, publicado pelo Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (CBECAM) em 2020. Apenas 34% das mulheres brasileiras foram diagnosticadas por meio de exames de triagem, como a mamografia – destes, 53,2% na rede privada e 22,9% na saúde pública. Todas as demais chegaram ao diagnóstico já com sintomas, reforçando a tendência de doença avançada.
“Eu acho que quando a gente fala, enfrenta melhor a doença”
Por experiência própria, Patrícia reconhece a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama para aumentar as chances de cura e controle da doença. Fazer isso é nada mais do que praticar o autocuidado. Este é o convite feito pelo movimento Vem Falar de Vida, uma coalizão idealizada pela Roche, que visa disseminar a importância dos cuidados com a saúde da mulher.
Mas o convite vai além, estendendo-se ao cuidado com o outro diante do câncer de mama. Patrícia teve o incentivo de sua melhor amiga para buscar tratamento para a doença. “Minha melhor amiga, que é enfermeira, por acaso, falou: ‘você tem que ir no médico!’. Ela me ligava todos os dias. O apoio dela também foi fundamental para eu me cuidar. Agora eu que sou a ‘chata’ que fala: ‘já fez o seu exame?’.”
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Em muitos casos, o que acontece é a mulher ter vergonha da doença e não comunicar à família e a pessoas mais próximas. Por isso, são tão importantes movimentos como o Vem Falar de Vida para mostrar a realidade de quem passa pelo câncer de mama e que não há motivo nenhum para se sentir envergonhada, compartilhando histórias, ações e iniciativas que despertam atitudes para que este seja um tema de interesse de toda a sociedade.
Cuide-se e deixe cuidar!
Neste Dia Internacional da Mulher, visite o site, informe-se sobre o câncer de mama e conheça todas as iniciativas conectadas ao propósito do movimento, que já reúne mais de 100 empresas e instituições. Use também as redes sociais para compartilhar a sua experiência com a #vemfalardevida.
Branded Content – Roche (M-BR-00003420)
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