Professora universitária, palestrante, escritora, blogueira e contadora: a paranaense Luciana Kele Dorini, 42 anos, parece encontrar tempo para tudo, inclusive escrever um livro que narra sua história de vida e como lida, desde pequena, com o hemangioma.
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Os hemangiomas são tumores vasculares benignos causados por um crescimento anormal de vasos sanguíneos – uma malformação arteriovenosa. No caso de Luciana, em sua face.
Desde a infância, a condição provocou uma série de problemas de saúde na paranaense, que precisou se submeter a 20 cirurgias ao longo dos anos. Apesar disso, jamais se abalou e se sente uma mulher empoderada, com a autoestima sempre em dia!
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Disposta a inspirar essa autoestima em outras pessoas, Lu decidiu contar a própria história, inicialmente por meio de um blog, “Eu tenho um Hemangioma e Daí?!?”, depois palestras e agora um livro solo, “Entre Ondas de Emoção.”
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Em entrevista ao portal “Sou Catarina”, ela falou sobre o diagnóstico do hemangioma e como lida com o preconceito e os questionamentos, muitas vezes maldosos, sobre sua condição.
“Não chamaria [minha condição] de distúrbio, acho essa expressão forte demais para uma face tão delicada como a minha… digo, como todas as faces femininas que são cobertas de delicadeza… Chamaria de uma diferença estética, ocasionada por uma malformação arteriovenosa (MAV), mais conhecida, popularmente, como hemangioma”, disse em entrevista ao portal Sou Catarina.
A MAV é um problema vascular delicado, uma vez que é formada por centenas de vasos sanguíneos.
“No meu caso, irrigado por várias artérias, o que sempre gerou uma vascularização e circulação muito maiores no local da lesão, e por consequência disso inúmeras hemorragias. Dessa forma, precisei passar por várias cirurgias emergenciais para estancar sangramentos enormes, e também fiz algumas para prevenir futuros riscos, ao todo 20 procedimentos cirúrgicos”, explicou ela ao portal Sou Catarina.
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Hoje, para nós, parece que Lu está no auge! Ela é escritora, palestrante e se apresenta nas redes sociais como uma pessoa muito bem resolvida.
Questionada se o hemangioma chegou a afetar sua autoestima em algum momento, ela respondeu:
“Tenham certeza, a Lu Dorini não é personagem criada não [é bem resolvida mesmo]. A Lu Dorini, sua autoestima e sua felicidade, são reais… Falo isso porque algumas pessoas já me confrontaram, pois duvidam que alguém possa ser feliz com um “problema” como o meu”, afirmou.
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“Para ser feliz, não é preciso ser Barbie, para ser feliz é preciso se amar, tal como é, e eu sempre me amei. Eu nunca tive problema com a minha autoestima. Pelo contrário! Minha autoestima sempre muito bem trabalhada e alimentada. Sempre foi o carro chefe para a solução de todos os meus problemas, sejam eles ligados à minha condição física ou não”, complementou.
Ao longo dos anos, ela chegou a sofrer diversos episódios de preconceito, mas aprendeu a lidar com os comentários e olhares.
Neste ano, Lu contou sua história em detalhes no livro “Entre Ondas de Emoção”.
“O livro conta toda a minha vida, nua e crua. Todas as minhas sensações, todos os meus altos e baixos, e por isso o nome. Tenho certeza que cada leitor vai rir, vai chorar, e o mais importante, vai saber que é possível conquistar, quando realmente acreditamos em nós mesmos. Se você ainda não leu, eu super recomendo… (risos)”, disse ao portal Sou Catarina.
A obra pode ser adquirida por meio físico ou digital, além de livrarias na região do sudoeste do Paraná, onde Lu mora.
Para ela, o intuito da publicação é ajudar pessoas com hemangiomas ou problemas semelhantes aos dela.
“Porém isso tomou uma outra proporção, e hoje eu tenho certeza que encontrei o propósito da minha vida, em auxiliar as pessoas a se amarem mais, lutarem e vencerem seus obstáculos dia após dia, tanto nas redes sociais como nas palestras e mentorias online, de autoestima e florescimento pessoal”, comentou.
Por fim, a catarinense deixou conselhos sobre como podemos levar adiante nossas atividades sem se deixar levar por quaisquer episódios de preconceito ou discriminação.
“A primeira dica é: “Se AME…” porque quem se ama, não precisa se aceitar e não precisa que os outros a aceitem. Porque quem se ama, não se julga tampouco julga os outros. Porque quem se ama, não se compara e assim, não se importa com os outros. Porque quem se ama entende que a principal pessoa do mundo é ela mesma, e por isso se respeita, se valoriza, e vive, sem se deixar abalar”, completou.
Fonte: Sou Catarina
Fotos: Arquivo pessoal
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