Aos 30 anos – e voando desde os 18, – Camila Meggiolaro dos Santos fez história ao se tornar a primeira mulher piloto da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
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Bastante treinada e habilitada, a paulistana tem visão de águia: mantém um olho no painel de controle do helicóptero e outro no mar. Mais do que pilotar com inteligência, Camila precisa estar sempre atenta a possíveis situações de resgate e ocorrências.
Atuando na temporada atual da Operação Verão, conduzida pela Polícia Civil do estado, a piloto tem tido oportunidades de sobra para aprimorar seus conhecimentos.
Camila voa desde a adolescência, quando ingressou na faculdade de Aviação Civil, em São Paulo (SP). Ainda criança, já sabia qual profissão iria seguir, época em que passeou de helicóptero com a mãe e se apaixonou por voar.
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“Altura, para mim, não é problema. Tenho a sensação de grande liberdade. Olho e penso: faço o que quiser com essa máquina”, disse Camila em entrevista ao portal Gaúcha Zera Hora, pouco depois de pousar no heliponto de Imbé, ao lado do Rio Tramandaí.
Alguns anos atrás, a jovem enfrentou um difícil processo de separação de seu ex-companheiro, tendo que se virar sozinha dali em diante. Em 2018, prestou concurso para escrivã da Polícia Civil, sendo admitida no ano seguinte para atuar na Delegacia da Mulher de Canoas (RS).
A admissão na delegacia virou uma fonte de aprendizado para Camila, que passou a ter contato com mulheres em situações de extrema vulnerabilidade. Com o passar dos anos, ela diz ter desenvolvido mais empatia e senso de resiliência.
“Tinha muita mulher que vinha do Interior e falava: “Eu sou sozinha”. E eu dizia: “Eu também sou sozinha, nunca tive nada, e tive que lutar sozinha para ser essa policial que está te atendendo”, relembrou ela ao Gaúcha Zero Hora.
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A chance da sua vida veio em 2020, em plena pandemia, quando a Polícia Civil abriu vagas para formação de pilotos. Camila passou em segundo lugar e, após o curso, interessou-se sobre a parte técnica do Gavião 01, aeronave que comanda hoje.
Para o comandante Eduardo Worm, que senta ao lado de Camila durante os voos sobre o Litoral, a dedicação que a piloto teve ao longo do curso de formação é resultado de uma cobrança excessiva que pouco se vê entre os homens.
“Ela é extremamente concentrada. Se cobra muito. Quando algo não sai como ela quer, fica chateada”, contou.
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De toda forma, essa vontade da piloto de fazer “tudo certo” lá no alto acaba servindo de inspiração para os demais policiais. “A partir disso, o pessoal começa a se empenhar mais também”, disse.
Quando está em serviço, Camila faz questão de se mostrar vaidosa: está sempre de cabelo solto, unha feita e usando brincos minimalistas, mas preciosos, como os de ouro com formato de helicópteros da imagem abaixo.
Alguns comentários maldosos surgem aqui e ali, mas ela sabe ignorar. Afinal, pra que bater boca?
“Evito conflito. Nem me importo. O respeito vem muito mais pela minha postura de firmeza do que por causa da roupa que eu uso”, afirma.
Hoje, Camila faz questão de incentivar que outras mulheres se tornem pilotos, confiando sempre em seu potencial.
No curto prazo, ela espera poder voar ao lado de outras colegas durante as operações da Polícia Civil.
“Já chegou uma menina para mim e falou: “Tia, eu nem sabia que mulher podia pilotar”. Eu não tive esse estímulo, era algo totalmente distante. Nunca tive instrutora mulher, nunca voei com mulher. É um ambiente muito masculino”, pontuou.
Camila é uma prova viva do quão alto as mulheres podem voar! ?
Assista ao vídeo:
Fonte: Gaúcha ZH
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