A dona de casa Rosemeire Oliveira, de Salvador, instalou uma sirene em casa para resolver o problema do lixo acumulado nas ruas do seu bairro. Rose teve até uma pneumonia associada ao mau cheiro da “montanha” de lixo em frente a sua casa.
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Faz quatro anos que a sirene, instalada no segundo andar da sua casa, toca avisando os vizinhos que “o caminhão do lixo chegou”. Rose mora na rua principal do bairro Ribeira: da sua cozinha, sabe o horário exato que o caminhão do lixo passa na rua. Ela toca a sirene e os vizinhos começam a aparecer de todos os lados com suas sacolas de lixo.
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“A frente da minha casa ficava completamente cheia, com 3, 4 metros de altura de lixo. Inclusive, animais mortos”, contou Rose em conversa com o Razões para Acreditar.
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Rose pediu aos vizinhos para aguardarem o caminhão do lixo, mas não deu muito certo. Continuavam jogando o lixo na rua durante a madrugada. Foi então que ela combinou com as filhas de bater panelas avisando que o caminhão do lixo estava chegando.
“Cada uma ia pra um lado avisando que o caminhão vinha. E daí o amigo do meu esposo disse que tinha uma sirene velha de viatura. Aí eu avisei ‘ó, depois de amanhã, vai tocar sirene, não vai ser mais panela’. A gente batia a panela pelos becos, pelas ruas, ‘e vinha o lixo, e vinha o lixo’.”
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Mas o som era muito alto e um dia Rose tomou um choque forte tocando a sirene. A sirene foi parar na rua, porém não quebrou nem machucou ninguém. Rose e o marido, Edmilson Sales, recuperaram a sirene, porém ela nunca mais foi usada.
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Durante um mês, Edmilson, que é policial militar aposentado, ficou na porta de casa na madrugada conscientizando as pessoas para não jogarem lixo na rua. “Porque o lixo além de adoecer a natureza, adoece as pessoas e os animais. Foi muito difícil pra gente durante um mês, mas graças a Deus conseguimos comprar uma sirene nova.”
A sirene nova custou 400 reais e foi comprada com o dinheiro que Rose conseguiu vendendo alumínio (latinhas, panelas velhas etc.) e de uma vakinha com os vizinhos. E quando Rose e a família viajam, a sirene não toca? Bem, ela deixa a chave do portão da casa dela com algum vizinho.
“Daí sobe aqui e toca a sirene. Nós agora temos um bairro limpo. As pessoas saem de suas casas e colocam o lixo diretamente no caminhão ou no chão para que os garis possam pegar. De vez em quando aparece um saco ou outro, mas são de pessoas novas no bairro. Aí a gente avisa pra levar pra rua principal, que o caminhão recolhe o lixo lá 3, 4 vezes por dia”, finaliza Rose.
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Veja a sirene funcionando:
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crédito das imagens: Reprodução/Rosemeire Oliveira
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