Ao descobrir que estava grávida, a esposa de uma mulher trans confidenciou à parceira que, por motivos pessoais, não queria assumir a tarefa de amamentar a criança. No entanto, para a parceira, seria um sonho a ser realizado.
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A indução de lactação em mulheres não-grávidas não é uma novidade na medicina contemporânea. Através de técnicas de controle hormonal e bombas de sucção, mães adotivas são capazes de exercer a amamentação.
Mas tudo isso tinha uma complicação: as técnicas funcionam em mulheres cis (que se identifica, em todos os aspectos, com o seu “gênero de nascença”) e até então não haviam sido testadas em mulheres trans.
Para que a empreitada desse certo, o casal contou com a ajuda do endocrinologista Tamar Reisman, do Centro de Medicina e Cirurgia para Transgêneros do Hospital Mount Sinai, em Nova York.
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Foram necessários meses de tratamento até ela se tornar a primeira mulher trans capaz de amamentar na história da ciência.
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Graças a um regime hormonal baseado em spironolactone, um diurético que diminui a concentração de testosterona, um hormônio masculino, o endocrinologista conseguiu imitar a química hormonal de uma mulher grávida, possibilitando que ela pudesse produzir leite.
Para complementar o regime, lhe foi dada galactagoge, uma substância endógena encontrada em plantas que possibilidade a lactação em mamíferos. Por fim, aconselharam-na a utilizar uma bomba tira-leite regularmente, para estimular a produção do hormônio prolactina, que, por sua vez, impulsiona a produção de leite.
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Primeira mulher trans capaz de amamentar
Segundo um estudo publicado sobre a novidade no periódico científico Transgender Health, após cerca de um mês de tratamento, ela estava produzindo pequenas gotas de leite. Em três meses, a produção subiu para mais de 200 ml de leite diários.
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Os cientistas acompanharam os primeiros meses depois do nascimento da criança. Nas seis semanas iniciais, foi alimentado exclusivamente do leite da paciente.
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Uma pediatra que analisou os resultados disse que “o bebê apresentou um desenvolvimento apropriado em relação ao crescimento, alimentação e ao fazer suas necessidades”.
Nos meses subsequentes, o bebê teve que receber suplementos alimentares por que a mãe que amamenta não estava produzindo leite o suficiente. No entanto, Tamar afirmou em entrevista ao The Washington Post que, aos seis meses de idade, a criança estava “feliz, saudável e super fofa”.
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Fonte: Galileu/Fotos: Creative Commons/Kynan Tait
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