Por Flavia Vitorino
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Dona Maria José não consegue recordar exatamente a sua idade, mas o que realmente gostaria de apagar de sua memória é a morte de seu neto e a cena de seus vizinhos perdendo suas casas para o fogo.
Monique Teixeira, de 34 anos, apagou o fogo que ameaçava atingir uma área próxima de sua casa com seus próprios pés, enquanto acalmava os seus filhos que gritavam assustados com o que viam.
Já a imigrante boliviana Dona Juana, enquanto cozinhava incansavelmente para as dezenas dos brigadistas que combatiam o fogo, deixou seus filhos sozinhos em casa e teve que lidar com o ex-marido que agrediu sua filha enquanto ela trabalhava.
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O fogo para essas mulheres é um gatilho de memória para todo o sofrimento que vivenciaram durante o ano de 2020 e que elas assistem se repetir novamente este ano. Diante disso, elas se uniram para aprender a lidar com a situação.
O grupo que inicialmente reunia cerca de 20 mulheres ribeirinhas teve algumas baixas, mas a primeira brigada voluntária feminina da Serra do Amolar se formou com um número relevante de 12 participantes, considerando que o número de brigadistas permanentes totais de lá hoje são de 14 homens.
As mulheres que não puderam comparecer sofrem diariamente repressão dos maridos e não conseguem se desligar do serviço doméstico com seus filhos.
O objetivo dessas mulheres que vivenciaram o fogo em 2020 era não somente aprender a lidar com os incêndios para proteger suas casas mas também atuarem como suporte das equipes locais que estão em ação, e por meio de doações, se equiparem com todos os EPI’s e equipamentos necessários para ação, como bombas costais e abafadores.
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Períodos de seca mais severas, maiores temperaturas e descontrole para conter incêndios nas áreas mais remotas do bioma. Além da perda de vasta área nativa de preservação e de milhares de animais mortos prejudicando toda a cadeia ecológica, as comunidades da região da Serra do Amolar sofrem por falta de acesso, comunicação e estrutura. Essa é a realidade do Pantanal hoje.
Veja o vídeo:
Junto à Stone, viajamos o Brasil para mostrar negócios que muita gente acha que não daria certo na nossa terrinha – e dão! Veja o 1º EP da websérie E se fosse no Brasil?
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