Mulheres mutiladas voltam a ter prazer sexual após cirurgia desenvolvida por médica americana

A cirurgiã Ivona Percec, do Penn Medicine’s Center for Human Appearance, nos EUA, desenvolveu um procedimento cirúrgico para a reconstituição genital de mulheres mutiladas que é capaz de curar as dores emocionais e melhorar a função sexual.
Percec usou o procedimento em três mulheres, com idades entre 30 e 33 anos. Ela faz um apelo por mais respeito aos direitos das mulheres que sofreram essa experiência traumática em todo o mundo.
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“Os cirurgiões plásticos têm um papel crucial nessa recuperação, e é importante os médicos estarem informados e preparados para atender às necessidades cirúrgicas e emocionais de mulheres que buscam esse atendimento”, disse Percec. “Nosso procedimento é simples, mas eficaz e pode ajudar as vítimas a restaurar seu sentido físico e psicológico de bem-estar.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Mutilação Genital Feminina (MGF) como “qualquer procedimento que intencionalmente altere ou cause prejuízo aos órgãos genitais femininos por razões não médicas e sem benefícios para a saúde”. Estima-se que 200 milhões de mulheres já foram submetidas a MGF no mundo inteiro, geralmente entre a primeira semana de vida e a adolescência, e muitas vezes pelos seus responsáveis. A mutilação genital das mulheres é comum em culturas da África, Oriente Médio e Ásia. Ela é reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos.
As três mulheres que fizeram a cirurgia são de Serra Leoa, na África, e emigraram para os Estados Unidos recentemente. Elas não são casadas, mas foram submetidas à MGF pelos seus maridos quando ainda eram crianças. “Todas elas foram capazes de ter relações sexuais, mas sem prazer – geralmente com dor”, explicou Percec.
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A médica acompanhou as pacientes por quase um ano e todas elas relataram que tiveram uma melhora na relação sexual e diminuíram a vergonha que sentiam dos seus parceiros. As três disseram que recomendam o procedimento para outras vítimas da MGF.
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“A mutilação genital feminina é uma violação dos direitos fundamentais das mulheres e crianças”, disse Percec. “Como nações ao redor do mundo trabalham para eliminar esse costume, os cirurgiões plásticos podem desempenhar um papel importante na recuperação física, emocional e psicológica das mulheres em todos os lugares”, finalizou Percec.
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Com informações do GoodNews Network / Foto: Divulgação
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